Minério de ferro segue em alta apesar de esforço da China para esfriar rali

Futuros da matéria-prima chegaram a ser cotados a US$ 131,45 a tonelada nesta quinta; salto em relação à mínima de outubro é de quase 18%

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Bloomberg — O minério de ferro subiu pela sétima sessão consecutiva nesta quinta-feira (16), impulsionado pelo plano de estímulo ao setor imobiliário chinês, apesar de esforços do governo em Pequim de esfriar a disparada do preço da matéria-prima siderúrgica.

Os futuros de minério em Singapura chegaram a ser cotados a US$ 131,45 a tonelada nesta quinta, o nível mais alto desde 16 de março. O salto em relação à mínima de outubro é de quase 18%.

No início da sessão, a cotação chegou a cair até 2,6% depois que a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China disse que funcionários visitaram a bolsa de commodities de Dalian para explorar medidas mais rígidas de supervisão do mercado. No final da tarde em Singapura, contudo, as perdas foram revertidas.

O plano do governo chinês de oferecer pelo menos 1 trilhão de yuans (US$ 137 bilhões) de financiamento de baixo custo para projetos de reurbanização de bairros pobres e moradia popular impulsionou os preços nesta semana. A construção é o principal motor da demanda por aço no país.

Mas o salto dos preços do minério aumentou os receios de que o governo implemente medidas para conter o rali.

A taxa de produção diária de aço bruto em outubro foi a mais baixa do ano, com margens apertadas para as usinas.

Os estoques de aço subiram 6,7% no início de novembro em relação ao final de outubro, de acordo com dados da Associação de Ferro e Aço da China divulgados nesta quinta-feira.

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