Minério de ferro se aproxima dos US$ 90 com demanda na China sob risco

Os futuros em Singapura caíram até 2% nesta quarta (4), para US$ 91,75 a tonelada, e já acumulam baixa de quase 9% em quatro sessões

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Bloomberg — O minério de ferro estendeu seu tombo em direção a US$ 90 a tonelada, em meio a receios crescentes com a crise da indústria siderúrgica na China.

Os futuros em Singapura caíram até 2% nesta quarta-feira (4), para US$ 91,75 a tonelada, e já acumulam uma baixa de quase 9% em quatro sessões. Não há muitos sinais de melhora das condições difíceis que as siderúrgicas chinesas enfrentam: demanda fraca, preços baixos e margens ruins.

“A oferta de minério de ferro provavelmente continuará a aumentar não importa o que aconteça”, disse Chen Guanyin, analista da Mysteel Global. “Então, se o minério de ferro cairá ainda mais dependerá em grande parte se a demanda por produtos de aço terá uma recuperação significativa da lentidão sazonal.”

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A queda dos preços de produtos de aço se aprofundou esta semana, o que coloca mais pressão sobre siderúrgicas que registraram grandes prejuízos no primeiro semestre.

A expectativa da maioria dos bancos globais é de que a economia da China não alcance a meta de crescimento de 5% do governo, que tem evitado medidas de estímulo em larga escala.

A crise do setor levou as maiores usinas da China a alertarem que a indústria deve se ajustar a uma nova era de baixa do consumo. Isso coloca o minério de ferro em risco após um longo período de forte demanda para mineradoras globais como BHP, Rio Tinto e Vale (VALE3).

“A demanda por aço na China, o maior produtor mundial, parece destinada a cair”, escreveram os analistas Richard Bourke e Grant Sporre, da Bloomberg Intelligence.

Eles preveem queda do consumo de aço chinês para entre 70% e 80% de seu pico, em linha com as tendências históricas de outras grandes economias.

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