Minério de ferro salta com sinal de queda de oferta do Brasil e da Austrália

Os futuros da commodity em Singapura alcançaram o maior patamar desde abril e já acumulam uma alta de cerca de 24% desde meados de agosto

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Bloomberg — O minério de ferro atingiu a cotação mais alta desde abril diante de sinais de redução de embarques do Brasil e da Austrália no curto prazo.

Os futuros em Singapura subiram até 2,3% nesta quarta-feira (1º de novembro), para US$ 124,35 a tonelada, e já acumulam uma alta de cerca de 24% desde meados de agosto.

“As interrupções no fornecimento de curto prazo, na forma de remessas diárias reduzidas da Austrália e do Brasil, juntamente com a perspectiva de paralisação nas operações da BHP em Pilbara, restringiram os fundamentos do lado da oferta”, afirmou Atilla Widnell, diretor da Navigate Commodities.

As exportações de minério de ferro da Austrália caíram em mais de 3 milhões de toneladas nos sete dias até 27 de outubro em relação à semana anterior, de acordo com a Marcura.

A produção total de minério de ferro da Vale (VALE3), BHP, Rio Tinto e Fortescue caiu 2% no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior, e deve encolher mais nos últimos três meses do ano diante de custos operacionais mais elevados, segundo a BloombergNEF.

A redução da oferta ocorre em um momento em que o governo chinês intensifica medidas para fortalecer a economia que podem impulsionar a demanda por aço para construção.

O CEO da Fortescue, Dino Otranto, disse à Bloomberg News que a mineradora constatou “demanda robusta” da China por minério de ferro.

O mercado também está de olho na paralisação dos maquinistas de trens da BHP na região de Pilbara, no oeste da Austrália. Um sindicato que representa cerca de 500 trabalhadores votou a favor de uma greve por melhores condições

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