Minério de ferro recua à espera de alívio imobiliário em cidades chinesas

Após subirem 4% nas duas sessões anteriores, os futuros da commodity caíram até 1,2% nesta quinta-feira (27), para US$ 105,40

A construção de imóveis é um dos principais motores da demanda por aço e minério de ferro na China
Por Audrey Wan
27 de Junho, 2024 | 08:17 AM

Bloomberg — O minério de ferro recuou de seu ganho de dois dias, com o mercado à espera de sinais de que a demanda por imóveis aumentará com a entrada em vigor de medidas de estímulo nas megacidades chinesas.

Os futuros em Singapura caíram até 1,2% nesta quinta-feira (27), para US$ 105,40 a tonelada, após subirem 4% nas duas sessões anteriores.

A cidade de Pequim anunciou na quarta-feira (26) que flexibilizou os requisitos de financiamento imobiliário, inclusive um percentual menor de entrada mínima.

Leia também: Suzano desiste de oferta pela International Paper e cita falta de engajamento

PUBLICIDADE

Agora todas as quatro chamadas cidades de nível 1 adotaram a flexibilização, na esteira do pacote de 300 bilhões de yuans (US$ 41 bilhões) do governo central para a compra de unidades que as incorporadoras não conseguem vender.

Isso pode impulsionar um aumento nas transações imobiliárias em Pequim, disse o Securities Times, citando Chen Wenjing, chefe de pesquisa de mercado da China Index Academy.

Xangai, Shenzhen e Guangzhou reduziram as exigências de entrada e facilitaram empréstimos a custos mais baixos no mês passado.

A construção de imóveis é um dos principais motores da demanda por aço e minério de ferro na China.

Mas, por enquanto, os dados do setor ainda não mostram o fim da crise, com queda de quase 24% nas vendas de imóveis residenciais novos nos primeiros cinco meses de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior. O investimento imobiliário caiu cerca de 10%.

O mercado também quer saber se o apoio financeiro do Banco Central ao setor será ampliado e se uma reunião do Partido Comunista em julho trará novas medidas.

Veja mais em bloomberg.com