Bloomberg — O minério de ferro provavelmente voltará aos US$ 100 a tonelada até o final do ano antes de cair ainda mais para US$ 85 em 2025, à medida que o colapso do mercado imobiliário da China piorar, de acordo com a Capital Economics.
A produção de aço em queda e os controles de emissões em altos fornos poluentes devem reduzir a demanda chinesa por minério de ferro em 1% em 2024 e em 2% nos anos seguintes, afirmou a empresa de Research sediada em Londres em uma nota na terça-feira (16).
Ao mesmo tempo, os planos das grandes mineradoras de aumentar a produção irão ampliar o suprimento, colocando pressão sobre os preços.
Segundo a Capital Economics, o crescimento da demanda em outros lugares do mundo é improvável que absorva o excedente necessário para sustentar os preços, dado que a China detém cerca de 70% do mercado global.
O minério de ferro teve uma pequena recuperação neste mês, depois de cair abaixo de US$ 100 a tonelada devido à fraca demanda na China. Os futuros eram negociados a US$ 111,10 a tonelada em Singapura nesta quarta (17), alta de 1,1% no dia, embora ainda caia mais de 20% desde o início do ano.
Nesta quarta-feira, o Grupo Rio Tinto revelou uma queda de 5% nos embarques do primeiro trimestre, citando uma recuperação econômica desigual na China e fraqueza no setor imobiliário.
“As quedas nos preços do minério de ferro este ano provavelmente foram um ensaio geral do que está por vir”, disse a Capital Economics. “A previsão de nossa equipe da China para que o setor imobiliário seja reduzido pela metade até o final da década não é um bom presságio para os planos dos produtores de minério de ferro de aumentar a produção.”
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