Bloomberg — O minério de ferro chega ao final da semana em forte tendência de queda, em meio a promessas pró-crescimento da China que parecem não convencer o mercado.
A matéria-prima siderúrgica caiu até 3,9% nesta sexta-feira (28) em Singapura, para US$ 105,35 a tonelada. A queda na semana foi de cerca de 6% – a maior em três meses.
O Politburo chinês sinalizou mais medidas para impulsionar o setor imobiliário na segunda-feira (25) e disse que tentaria aliviar o peso da dívida dos governos locais que tem inibido investimentos em infraestrutura.
A principal autoridade de políticas de habitação da China também intensificou a pressão sobre reguladores financeiros e bancos para apoiar o setor imobiliário, que responde por cerca de 40% da demanda por aço no país.
Mas não houve anúncios de grandes pacotes de estímulos, e eventuais medidas de apoio devem levar tempo para ter impacto na demanda de aço e minério de ferro.
Diante da baixa confiança dos compradores de imóveis na China, qualquer estabilização no setor imobiliário provavelmente ocorrerá no próximo ano, disse Vivek Dhar, analista do Commonwealth Bank of Australia.
“Embora os principais líderes da China tenham pedido uma emissão mais rápida de títulos de governos locais, que são usados principalmente para financiar projetos de infraestrutura, eles não chegaram a aumentar a cota.”
A implementação de políticas para restringir a produção de aço chinesa também pode ter contribuído para a recente queda nos preços do minério de ferro.
A Comissão Provincial de Desenvolvimento e Reforma de Yunnan afirmou seu compromisso de limitar a produção anual de aço bruto aos níveis de 2022 e pediu às usinas locais que apresentassem metas de produção individuais, de acordo com um documento que circula entre operadores e analistas visto pela Bloomberg.
A comissão não respondeu a pedidos se comentário.
-- Com a colaboração de Winnie Zhu.
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