Minério cai com dúvidas sobre eficiência de medidas imobiliárias na China

O governo em Pequim tenta pôr fim a uma crise imobiliária que deixou a economia chinesa fortemente dependente de exportações e reduziu a demanda por aço

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Bloomberg — O minério de ferro recuou em meio a receios de que as medidas mais recentes da China para combater a crise imobiliária não serão suficientes.

O Banco Popular da China anunciou US$ 42 bilhões em financiamento para ajudar os governos locais a comprar imóveis que as incorporadoras não conseguem vender.

Programas semelhantes tiveram impacto limitado na estabilização do mercado imobiliário e utilizaram apenas uma fração dos recursos disponíveis.

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O governo em Pequim tenta pôr fim a uma crise imobiliária que deixou a economia chinesa fortemente dependente de exportações e reduziu a demanda por aço para construção.

Na semana passada, o presidente Xi Jinping pediu reformas mais profundas para alguns setores-chave, incluindo o imobiliário, e os investidores aguardam mais sinais antes de uma importante reunião de líderes do país em julho.

O mercado de produtos siderúrgicos chinês tem dado sinais de recuperação desde meados de abril, com alta de mais de 5% nos preços de vergalhões de aço. Mas os estoques de minério de ferro nos portos ainda estão próximos do nível mais alto em dois anos.

Do lado da oferta, as exportações de minério do Brasil chegaram a quase 30 milhões de toneladas em abril, um recorde para o mês. Os embarques australianos por meio de Port Hedland – o principal porto de exportação de minério do país – se aproximaram de 50 milhões de toneladas em abril, também o volume mais alto já registrado para o mês.

Os futuros do minério de ferro em Singapura chegaram a cair 2% nesta segunda-feira (27), para US$ 118,40 a tonelada, após duas semanas consecutivas de alta. Os futuros de vergalhão de aço em Xangai também caíram.

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