Michael Wilson, do Morgan Stanley, prevê queda de 5% do S&P 500 para o 1º semestre

Para o final do ano, o estrategista prevê uma alta de 13% em relação aos níveis atuais, embora “o caminho provavelmente seja volátil”, disse, em nota

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Bloomberg — As ações dos EUA correm o risco de cair mais 5% devido às preocupações com o impacto das tarifas sobre os lucros das empresas, bem como com a redução dos gastos fiscais, de acordo com Michael Wilson, do Morgan Stanley.

O estrategista - uma das vozes populares de baixa nas ações até meados de 2024 - disse que espera que o S&P 500 atinja uma baixa de cerca de 5.500 pontos no primeiro semestre do ano, antes de se recuperar para 6.500 no final de 2025.

Sua meta para o final do ano implica uma alta de 13% em relação aos níveis atuais, embora "o caminho provavelmente seja volátil, já que o mercado continua a contemplar esses riscos de crescimento, que podem piorar antes de melhorar", escreveu Wilson em uma nota.

O estrategista alertou que o índice de referência poderia afundar 20% com a probabilidade de uma recessão. "Ainda não chegamos lá, mas as coisas podem mudar rapidamente e, portanto, é útil conhecer o lado negativo do cenário de baixa para gerenciar o risco", disse Wilson.

As ações dos EUA ficaram atrás de seus pares internacionais este ano, já que as preocupações com a valorização atingiram os pesos pesados da tecnologia, que lideraram a recuperação do S&P nos últimos dois anos.

A mudança de postura do presidente Donald Trump em relação às tarifas também gerou confusão, enquanto as revisões de lucros dos EUA têm sido consistentemente rebaixadas desde o final de 2024.

Wilson disse que os padrões sazonais sugerem que as revisões de lucros, bem como o desempenho do S&P 500, podem melhorar nas próximas semanas.

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