Mercados na Ásia abrem em alta depois de recordes nos EUA e de olho no BoJ

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Bloomberg — Os ativos na Ásia estão prontos para estender os ganhos recentes após o índice S&P 500 atingir um recorde na sexta-feira, impulsionado pela crescente especulação de que o Federal Reserve começará a reduzir as taxas este ano.

Os contratos futuros apontam para ganhos no início da semana para as ações em Tóquio, Hong Kong e Sydney.

No Japão, o índice Nikkei 225 subiu 7,5% neste mês, liderando os mercados desenvolvidos. O banco central do país inicia uma reunião de política de dois dias na segunda-feira, e espera-se amplamente que deixe suas configurações inalteradas na terça-feira, quando anuncia os resultados de sua reunião.

Os investidores também estarão atentos à estimativa inicial do PIB dos EUA para o quarto trimestre na quinta-feira, às reuniões dos bancos centrais do Canadá e da Europa, juntamente com dados econômicos da produção sul-coreana e leituras iniciais europeias das pesquisas de gerentes de compras de 2024.

“Enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 dos EUA estabeleceram novas máximas históricas antes do fim de semana, é o mercado de ações do Japão que tem um início dramático de ano”, disse Marc Chandler, estrategista-chefe de mercado da Bannockburn Global Forex em Nova York. “Embora o mercado antecipe o início de um ciclo agressivo de flexibilização por vários bancos centrais e uma saída da política de juros negativos do BOJ, o início não é esperado até mais tarde no primeiro semestre.”

Outro rali no grupo mais influente do S&P 500 - tecnologia - impulsionou o índice para uma nova alta na sexta-feira, pela primeira vez em dois anos. Impulsionado pelas esperanças de que o boom da inteligência artificial continuará impulsionando o mercado, o índice ultrapassou os 4.800, desafiando avisos de que o rali permanece concentrado em um grupo mais estreito de ações.

Uma queda na volatilidade dos títulos do Tesouro continuou a ser positiva para a tomada de riscos em Wall Street. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caíram na sexta-feira pela primeira vez em uma semana, à medida que uma pesquisa ‘amigável’ do Fed da Universidade de Michigan mostrou uma mistura de alta confiança do consumidor e expectativas mais baixas de inflação.

Os traders também estarão monitorando os desenvolvimentos na corrida presidencial dos EUA nesta semana, com Ron DeSantis desistindo para apoiar o favorito republicano Donald Trump antes das aguardadas primárias de New Hampshire na terça-feira.

O dólar americano pouco mudou em relação à maioria dos principais pares, mantendo sua força este mês em meio às esperanças de que as políticas do Fed engendrarão um chamado ‘pouso suave’ para a economia dos EUA.