Mercados asiáticos apontam direções mistas na abertura da semana

Expectativa de retomada das ações chinesas de tecnologia pode animar investidores, enquanto nos EUA atenções estarão voltadas para divulgação do CPI na quarta-feira (12)

Bandeira da China em frente ao distrito financeiro de Xangai: atenções de investidores à segunda maior economia do mundo (Qilai Shen/Bloomberg)
Por Brett Miller
09 de Julho, 2023 | 08:15 PM

Bloomberg — Os investidores em ativos asiáticos enfrentaram uma série de forças concorrentes à medida que as negociações começaram na região nesta manhã de segunda-feira (10), desde o risco de taxas de juros mais altas e recessão a um potencial ponto de virada para empresas de tecnologia chinesas e um diálogo construtivo entre Pequim e Washington.

A negociação nas principais moedas indicou um quadro misto, com o iene se estabilizando em relação ao dólar após o maior fortalecimento desde março na sexta-feira (7). O euro mudou pouco e o dólar ficou dentro de faixas estreitas contra a maioria de seus outros pares.

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Os futuros de ações da Austrália e de Hong Kong subiram mais cedo, enquanto os do Japão caíram ligeiramente.

A sessão de sexta-feira em Wall Street viu as ações dos EUA fecharem em baixa, os rendimentos do Tesouro de dois anos caíram, enquanto os rendimentos dos Treasuries de 10 anos subiram e um indicador da força do dólar teve a maior queda em mais de três meses.

Uma série de relatórios de empregos na semana passada freou as especulações de que o Federal Reserve deixaria as taxas de juros inalteradas no final deste mês. A perspectiva além disso não era clara. Os dados de emprego do governo ficaram aquém das estimativas, mas trouxeram sinais de que a inflação salarial continua sendo uma ameaça para a luta do Fed contra os ganhos de preços.

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O S&P 500 caiu 1,2% durante a semana passada de férias, enquanto o Nasdaq 100 caiu 0,9%. Os futuros desses índices flutuaram após a abertura do comércio asiático nesta segunda.

Os traders estarão acompanhando de perto a divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA em junho, o CPI, que sai nesta semana na quarta-feira (12). Os economistas da Bloomberg esperam que o número principal caia 3,1%, embora não vejam isso como um impeditivo para uma alta de juro pelo Fed em 26 de julho.

Resultados financeiros de grandes bancos, incluindo Citigroup e JPMorgan Chase, serão também divulgados nesta semana, dando início à temporada de números do segundo trimestre. Os balanços saem na sexta-feira (14).

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A secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou no fim de semana que não descartaria ainda a ameaça de uma recessão nos EUA, observando que era “apropriado e normal” que o crescimento fosse moderado e que a inflação permanecesse muito alta.

No entanto ela também ofereceu um vislumbre de positividade nas relações tensas entre os EUA e a China após uma visita oficial a Pequim. “Espero que esta viagem ajude a construir um canal de comunicação resiliente e produtivo com a nova equipe econômica da China”, disse ela.

As notícias para as empresas de tecnologia chinesas foram construtivas, com a imposição de grandes multas ao Ant Group, afiliada do Alibaba Group e à Tencent Holdings, acompanhada da sinalização de que uma investigação de quase três anos chegou ao fim.

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Um índice de empresas chinesas listadas nos EUA subiu mais de 3% na sexta, com o Alibaba avançando 8%. A Ant também está propondo recomprar até 7,6% das ações, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.

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