Mercado de ETFs de US$ 9,5 trilhões começa a dar sinais de pessimismo nos EUA

Dados do mercado americano mostram demanda crescente pelos produtos que usam posições alavancadas para lucrar com as quedas de ações

Bolsa de Nova York
Por Isabelle Lee
12 de Setembro, 2024 | 02:36 PM

Bloomberg — Os sinais de pessimismo com relação às ações americanas aumentaram no mercado de US$ 9,5 trilhões em fundos negociados em bolsa.

Dados de negociações com esses fundos, conhecidos como ETFs na sigla em inglês, mostra uma demanda crescente pelos produtos que usam posições alavancadas para lucrar com as quedas de ações de gigantes de tecnologia, empresas menores e o setor de semicondutores.

Alguns são estruturados para gerar o dobro ou o triplo do desempenho diário inverso do índice S&P 500, Nasdaq 100, Dow Jones Industrial Average, small caps ou fabricantes de chips. O volume dos 10 maiores ETFs que fazem esse tipo de aposta aumentou este mês, segundo dados compilados pela Strategas Securities.

Os investidores normalmente ficam mais agressivos na negociação desses produtos quando o mercado vê uma tendência de queda, disse Todd Sohn, estrategista de ETFs da Strategas.

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“Os volumes de produtos invertidos são uma forma de medir o medo e a ansiedade”, disse ele.

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Outra indicação da crescente aversão ao risco é que o volume diário de negociações com ETFs alavancados invertidos está aumentando em relação ao de ETFs baseados em posições compradas, segundo dados compilados por Athanasios Psarofagis, da Bloomberg Intelligence.

O spread ainda favorece o lado comprado da balança, mas pela margem mais estreita desde o ano passado. Esses ETFs invertidos turbinados, que usam derivativos para aumentar os retornos, se tornaram uma maneira popular de aposta.

O S&P 500 ainda está em alta de cerca de 17% no ano, mesmo depois de cair muito na semana passada.

Mas a negociação desses tipos de ETFs ressalta as preocupações em Wall Street em torno da alta alimentada pela inteligência artificial. O estrategista Mike Wilson, do Morgan Stanley, chamou o boom de “exagerado”.

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