Bloomberg — O fundo soberano norueguês, com US$ 1,6 trilhão de ativos sob gestão, não conseguiu atingir seu benchmark pela primeira vez em cinco anos devido a perdas em imóveis não listados, mesmo com a recuperação dos mercados de ações.
O fundo retornou ao lucro no ano passado, registrando ganhos de 16,1%, equivalentes a cerca de US$ 213 bilhões, de acordo com um comunicado divulgado na terça-feira (30). Ele ficou abaixo do índice de referência por 18 pontos-base (0,18 ponto percentual), a primeira vez que isso acontece desde 2018.
Criado na década de 1990 para gerenciar as receitas de petróleo e gás da Noruega no exterior, o fundo é o maior dono único de ações do mundo e seus retornos são altamente dependentes dos movimentos do mercado.
O fundo - conhecido como Norges Bank Investment Management - investe de acordo com um mandato estrito definido pelo Ministério das Finanças, e busca aproveitar ao máximo sua liberdade limitada.
Ele também possui ativos em renda fixa, imóveis e infraestrutura renovável, mas é proibido de investir em algumas classes de ativos, como private equity.
No Fórum Econômico Mundial em Davos no início deste mês, o CEO do fundo, Nicolai Tangen, reiterou que se preparava para um desempenho fraco dos mercados nos próximos anos, já que as pressões inflacionárias devem permanecer.
O NBIM obteve retorno cerca de 21% em ações - que representam mais de 70% de seus ativos - e teve um aumento de 6,1% em seus investimentos em renda fixa. Seus investimentos em imóveis não listados caíram mais de 12%, enquanto o retorno em infraestrutura de energia renovável não listada foi de 3,7%.
O fundo se compara a um índice de referência baseado no FTSE Global All Cap Index para ações e nos índices Bloomberg Barclays para renda fixa.
O governo norueguês depositou 711 bilhões de coroas (US$ 68 bilhões) no fundo em 2023. O valor de mercado do fundo agora ultrapassou US$ 1,6 trilhão.
-- Com a colaboração de Stephen Treloar e Rob Dawson.
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