Magalu sobe até 9,6% com notícia de aumento de capital, mas depois reduz ganhos

Ação abriu com alta de quase dois dígitos em reação de investidores ao fato relevante no domingo, mas subia pouco mais de 1% no meio da tarde; veja o que disseram analistas

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Bloomberg — As ações do Magazine Luiza (MGLU3) subiram até 9,6% na abertura da bolsa brasileira nesta segunda-feira (29), para R$ 2,28, depois que o conselho da varejista aprovou um aumento de capital de R$ 1,25 bilhão apoiado por seus acionistas controladores, a família Trajano, com subscrição se necessário, em menor parte, do BTG Pactual (BPAC11).

Por volta do meio-dia, no entanto, o papel já havia devolvido a maior parte dos ganhos. Às 16h, subia 1,44%, negociado a R$ 2,11.

A empresa varejista emitirá 641 milhões de ações ordinárias a R$ 1,95 cada uma para o aumento de capital, o que representa um desconto de 5% sobre o preço médio de negociação na sexta-feira (26).

Até R$ 1 bilhão será subscrito pela família Trajano, enquanto o BTG subscreverá até R$ 250 milhões em ações. A captação privada, que visa reduzir despesas financeiras da empresa e acelerar investimentos em tecnologia, foi anunciada ao mercado no fim da tarde de domingo (28.

Veja o que dizem os analistas:

Citi (recomendação de compra, preço-alvo R$ 3,40)

  • O compromisso de um grande acionista em injetar capital é um “sinal positivo”, especialmente em um ambiente de taxas de juro elevadas e de concorrência “desafiadora”, escreveu o analista João Pedro Soares.
  • Com foco renovado em rentabilidade, empresa deverá ampliar margens Ebitda e diluir ainda mais despesas financeiras, escreveu.

Safra (neutra, preço-alvo R$ 3,40)

  • Aumento de capital é “positivo do ponto de vista do balanço” porque reduz o endividamento da empresa, escreveu o analista Vitor Alaga Pini.
    • “Mesmo assumindo o aumento de capital, acreditamos que a atual estrutura de capital da empresa não é compatível com as suas atuais margens operacionais”, escreveu.

XP (neutra, preço-alvo R$ 2,50)

  • “Continuamos enxergando um cenário macro desafiador para a demanda de bens duráveis, além de um cenário competitivo pressionado, com expansão de players estrangeiros no país”, escreveu a analista Daniela Eiger.

- Com a colaboração de Giovanna Bellotti Azevedo.

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