Livro Bege, do Fed, indica crescimento menor da economia e arrefecimento da inflação

Cinco dos 12 distritos do Fed observaram atividade econômica estável ou em declínio - três a mais do que na edição anterior; pesquisa do banco central americano busca fazer uma avaliação da situação da economia

Inside A Woodland Group Fulfillment And Distribution Center Ahead Of Wholesale Inventories
Por Steve Matthews
17 de Julho, 2024 | 04:36 PM

Bloomberg — A economia dos Estados Unidos cresceu em um ritmo leve no terceiro trimestre, e várias regiões registraram atividade estável ou em declínio, segundo o Federal Reserve em sua pesquisa do Livro Bege com base em consultas a empresas locais.

O nível de emprego também aumentou apenas ligeiramente, de acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira (17). A rotatividade de mão de obra diminuiu, e os contatos em vários distritos esperam ser mais seletivos sobre as contratações e avaliam não preencher todas as vagas abertas.

A última edição do Livro Bege foi compilada pela regional de Richmond do Federal Reserve usando informações coletadas até 8 de julho . O relatório inclui relatos e comentários sobre as condições de negócios em cada um dos 12 distritos do Fed.

Dos distritos, cinco observaram atividade econômica estável ou em declínio - três a mais do que no período anterior. Olhando para o futuro, as empresas esperam que a desaceleração continue.

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"As expectativas para o futuro da economia eram de um crescimento mais lento nos próximos seis meses devido à incerteza em relação às próximas eleições, à política doméstica, aos conflitos geopolíticos e à inflação", disse o relatório.

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Os salários cresceram em um ritmo modesto na maioria dos distritos, embora os preços tenham subido em geral. Os gastos dos consumidores mostraram pouca ou nenhuma mudança.

Quase todos os distritos “mencionaram varejistas fazendo descontos ou consumidores sensíveis a preços comprando apenas o essencial, diminuindo a qualidade, comprando menos itens ou fazendo compras para obter as melhores ofertas”, disse o relatório.

Um grupo de autoridades do Fed, liderado pelo presidente Jerome Powell, afirmou nas últimas semanas que o banco central americano tem feito algum progresso no sentido de reduzir a inflação para sua meta de 2%, embora tenham sido vagos quanto ao momento dos cortes na taxa de juros.

“Embora eu não acredite que tenhamos chegado ao nosso destino final, acredito que estamos nos aproximando do momento em que se justifica um corte na taxa de juros”, disse o diretor do Fed, Christopher Waller, nasta quarta-feira.

Embora a taxa de desemprego permaneça relativamente baixa, em 4,1%, ela aumentou em cada um dos últimos três meses. Ela tem subido desde que atingiu o ponto mais baixo, de 3,4%, em 2023. Os sinais de abrandamento no mercado de trabalho aumentaram as preocupações de que os empregos poderiam ser afetados sob a pressão da política monetária do Fed.

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A inflação, por sua vez, desacelerou no segundo trimestre, após um aumento inesperado nos primeiros três meses de 2024. O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor - que exclui os custos de alimentos e energia - subiu apenas 0,1% em junho, marcando o menor avanço mensal desde 2021.

As autoridades do Fed afirmam que o esfriamento do mercado de trabalho significa que elas estarão atentas às preocupações com o pleno emprego e a estabilidade de preços.

Espera-se que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) mantenha sua taxa de referência estável na reunião de julho, em duas semana, marcando um ano desde que atingiu pela primeira vez o nível atual, na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano. Os investidores apostam em pelo menos dois cortes antes do final de 2024, começando em setembro, de acordo com os contratos futuros.

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