Bloomberg — A Legacy Capital disse que os ativos negociados em bolsa no Brasil operam com desconto e que ainda aposta na sua valorização. “No Brasil, os ativos de bolsa seguem bastante descontados, e permanecemos comprados, tendo em vista os múltiplos muito comprimidos”, segundo a carta mensal de gestão.
O Ibovespa (IBOV) recuou perto de 3% em maio e acumula uma queda da ordem de 9% neste ano, sob impacto da elevação das taxas de juros negociadas no mercado futuro.
A Legacy disse também que permanece comprada - aposta que ganha com a valorização - nas carteiras de bolsa internacional, ainda que seus desempenhos tenham sido aquém do esperado nos últimos meses.
A gestora segue com exposição neutra nos juros externos, diante da inflação desconfortável e da atividade econômica estável, que implicam um ambiente de range para ativos de renda fixa “de difícil operação”.
‘Tropeços’ na comunicação
A inflação, medida pela média dos núcleos do IPCA, continua a girar em patamar consistente com a meta, disse a Legacy, que projeta inflação de 3,8% em 2024 e 4,0% em 2025. O fundo, no entanto, avalia que a perspectiva futura da inflação deve barrar novos cortes da Selic.
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“A despeito do bom comportamento da inflação, a recente piora das expectativas de inflação, fruto da volatilidade da taxa de câmbio, da mudança na meta fiscal para 2025, e dos recentes tropeços na comunicação do Banco Central, no entanto, deve impedir novas quedas da taxa de juros”, segundo a carta.
Sobre a atividade, a Legacy revisou a projeção de crescimento do PIB em 2024 de 2,3% para 2,0%, pelo efeito da paralisação das atividades no Rio Grande do Sul, especialmente durante o segundo trimestre. “Nossa projeção para o PIB do 2º trimestre, anteriormente de 0,7%, é, hoje, próxima de zero”, disse a gestora.
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