Bloomberg — A Kinea, gestora brasileira de recursos com mais de R$ 112 bilhões, tem remontado posições que ganham com juros menores em contratos com prazos de até três anos, de acordo com carta aos cotistas.
A curva de juros futuros, que já chegou a refletir apostas em uma queda da Selic abaixo de 9%, voltou a precificar uma taxa mais próxima de 11%.
“Nesses níveis, voltamos a ver prêmio de risco na curva brasileira e estamos gradualmente remontando posições aplicadas [à espera da queda das taxas] para juros menores nos prazos de até três anos.”
De acordo com a Kinea, nenhuma decisão adicional é requerida do Banco Central neste momento.
A gestora afirmou que a autoridade monetária deve permanecer em sua trajetória de cortes de 0,50 ponto percentual por reunião. A decisão, “em nossa visão, tem se mostrado acertada.”
No mercado de câmbio, a gestora disse que permanece comprada (aposta na alta) no dólar ante uma cesta de moedas não especificadas. O real brasileiro, destacou a Kinea, “tem se mostrado razoavelmente” comportado.
A carta da gestora também cita alguns dados de atividade econômica mais fracos do que o esperado, após uma longa sequência de números altistas, o que também ajuda a compensar a pressão recente de um dólar mais forte frente ao real.
Na bolsa, a Kinea segue com posições direcionais pequenas. “Temos privilegiado posições relativas e alocações nos setores de energia, utilidades públicas, infraestrutura e construção civil.”
O fundo multimercado Kinea Chronos subiu 1,05% antes de taxas em outubro, contra variação de 1% do CDI no mesmo período, segundo dados compilados pela Bloomberg.
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