Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, continua cético em relação a pouso suave nos EUA

Executivo afirmou em evento nesta sexta que a inflação não deve retroceder tão facilmente, o que impede cortes maiores da taxa de juros

Jamie Dimon
Por Katherine Doherty - Hannah Levitt
20 de Setembro, 2024 | 04:55 PM

Bloomberg — O CEO do JPMorgan (JPM), Jamie Dimon, disse que continua cético em relação a um pouso suave da economia americana após o primeiro corte de juros do Federal Reserve em mais de quatro anos.

“Sou um pouco mais cético do que outras pessoas. Vejo chances menores”, disse ele no evento The Atlantic Festival em Washington, nesta sexta-feira (20). “Espero que seja verdade, mas também sou mais cético de que a inflação vá embora tão facilmente, não porque ela não tenha diminuído — ela diminuiu — e pode diminuir mais.”

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O corte de juros quase não terá efeito para a eleição presidencial, acrescentou o CEO do maior banco dos EUA, quando questionado se haveria algum impacto.

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O Federal Reserve cortou sua taxa básica de juros em meio ponto percentual na quarta-feira visando assegurar um pouso suave. Antes da decisão, Dimon disse que, independentemente de eles diminuírem em 25 ou 50 pontos-base, não seria algo de grande impacto.

O CEO vem alertando há mais de um ano que a inflação pode ser mais persistente do que os investidores esperam, citando impulsionadores como gastos públicos e a “remilitarização do mundo”. Ele escreveu em sua carta anual aos acionistas em abril que o JPMorgan está preparado para taxas de juros entre 2% e 8% ou mais.

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