Bloomberg — O Itaú BBA cortou o preço-alvo para o Ibovespa (IBOV) de 165.000 pontos para 145.000 pontos no fim de 2025, segundo relatório assinado por Daniel Gewehr, estrategista-chefe de ações do Itaú BBA..
“A redução foi motivada principalmente pela premissa de custo de capital mais elevado para as empresas, em meio a um cenário macroeconômico desafiador que prevê juros altos, inflação crescente e câmbio elevado”, diz a nota.
Gewehr ressalta que a avaliação de preços das ações (valuation) é favorável e que o índice da bolsa brasileira está próximo do território chamado de “sobrevendido” — um nível considerado excessivamente baixo.
Por outro lado, a situação “é desafiadora para a indústria de fundos local e o estrangeiro mostra apetite limitado para investir no país”.
Em relação à dinâmica de resultados das empresas, o banco avalia que o viés é levemente negativo. Projeta crescimento de lucros de dois dígitos para 2025, mas pondera que os números podem ser revisados tendo em vista o contexto de taxas de juros e inflação mais elevadas.
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Diante desse cenário, o banco prefere empresas que sejam boas pagadoras de dividendos, que ofereçam taxa interna de retorno de dois dígitos e sejam menos afetadas por inflação. Também prioriza nomes com exposição cambial e alto potencial de retorno sobre o patrimônio líquido.
Essas teses são representadas por setores como o elétrico e saneamento, empresas financeiras e exportadoras, como commodities e papel e celulose, entre outras.
A carteira Brazil Buy List do banco é composta atualmente por dez papéis: Equatorial, Sabesp, Santos Brasil, Direcional, Caixa Seguridade, BTG Pactual, Petrobras, Suzano, Grupo Mateus e Rede D’Or.
-- Reportagem atualizada para incluir projeção do banco para crescimento de lucros no quarto parágrafo. Uma versão anterior corrigiu o cargo de Daniel Gewehr no primeiro parágrafo.
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