Bloomberg — Os investidores locais não devem voltar imediatamente à bolsa com o início dos cortes da Selic pelo Banco Central, já que a taxa de juros real permanecerá elevada. A avaliação é do HSBC.
Em nota, a analista Nicole Inui e a economista Ana Madeira, do HSBC, escreveram que a taxa real provavelmente não atingirá as mínimas do último ciclo de flexibilização.
O banco estima que a Selic será reduzida dos atuais 13,75% ao ano para 8,5% até o final de 2024, com taxa real de 4,6%.
“A rotação deve ser lenta, pois as taxas reais permanecem altas, o que pode conter o rali das ações”, dizem as especialistas no relatório.
O período de flexibilização anterior durante a pandemia de covid, em 2020 e 2021, foi mais pronunciado e os ativos sob gestão em ações quadruplicaram do início ao fim do ciclo, segundo o HSBC.
No ciclo de alta de juros que começou há mais de dois anos, os investidores locais retiraram cerca de R$ 110 bilhões, ou 15% dos ativos sob gestão, dos fundos de ações, e as saídas persistem, diz o banco.
Para o HSBC, os investidores eventualmente retornarão à bolsa, mas levará tempo e será um processo menos pronunciado em comparação com o último ciclo.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
Onde investir no 2º semestre? Especialistas veem oportunidades com juro em queda
Casino, dono do Pão de Açúcar, fecha acordo e será controlado por bilionário tcheco