Bloomberg — Investidores pessoa física que estiveram por trás da alta do mercado de capitais neste ano retiraram mais dinheiro das ações dos Estados Unidos em outubro do que em qualquer outro mês nos últimos dois anos.
Investidores de varejo venderam quase US$ 16 bilhões em papéis no mês passado, quase o dobro do que resgataram em setembro, de acordo com a S&P Global Market Intelligence.
Eles se desfizeram de ações em quase todos os setores, embora tenham aumentado sua exposição ao mercado imobiliário, que tem o segundo pior desempenho no índice S&P 500 este ano, com uma queda de 8,3%.
A venda revela o enfraquecimento do entusiasmo dos day traders, que perseguiam a alta inesperada do mercado no início do ano. Enquanto o S&P 500 ainda acumule alta de 13% neste ano, perdeu 5% desde o início de agosto, à medida que os investidores se deparam com o cenário em que o Fed mantém as taxas de juros mais altas por mais tempo, enquanto os riscos geopolíticos aumentam.
“Antes dos últimos meses, eles teriam sido o primeiro grupo que viria à mente para comprar a queda, para aproveitar a retração”, disse Christopher Blake, diretor executivo da S&P Global Issuer Solutions. “Vemos isso como mais um ponto de virada para algumas das tendências macro de longo prazo por trás dos investimentos de varejo.”
As instituições venderam menos ações em outubro do que em setembro, mas ainda foram vendedoras líquidas de ações. O total mensal foi de US$ 19 bilhões em vendas, abaixo da média de 12 meses de US$ 21 bilhões.
Enquanto isso, os fundos multimercado aumentaram suas exposições às ações dos EUA. Blake observou que o grupo parecia estar comprando em momentos de fraqueza nas ações.
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