Bloomberg — O euro caía nas negociações iniciais, pois a incerteza política na Europa aumentou após as eleições parlamentares do fim de semana. O dólar permanecia estável.
A moeda europeia perdia até 0,3% para seu ponto mais fraco em cerca de um mês. Os futuros de ações dos EUA mudaram pouco nas negociações iniciais.
Enquanto os futuros de ações asiáticas caíram na sexta-feira, à medida que os traders reduziram as apostas na flexibilização do Federal Reserve, a maioria dos principais mercados está fechada na segunda-feira (10) devido a um feriado. As bolsas de Hong Kong, de Xangai, de Taiwan e da Austrália não operam. Os índices futuros da bolsa de Tóquio estavam com leve queda no início das negociações.
O dólar permaneceu estável ante seus principais pares nas negociações iniciais, após saltar para o nível mais alto em mais de um mês, seguindo um sólido relatório de empregos que estimulou uma reavaliação sobre cortes na taxa de juros do Fed.
Os títulos do Tesouro dos EUA caíram na sexta-feira, elevando os rendimentos em mais de 10 pontos base, com contratos futuros não mais precificando uma redução do Fed antes de dezembro.
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Os dados da folha de pagamento (payroll) indicaram a criação de 272.000 vagas em maio — superando as estimativas — e os salários aceleraram, enquanto a taxa de desemprego aumentou para 4%. O Índice S&P 500 e o Nasdaq 100 terminaram ambos fora das baixas da sessão, com os dados ajudando a acalmar a preocupação sobre uma desaceleração econômica que poderia prejudicar os lucros.
Olhando para o futuro, as reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco do Japão estarão no centro das atenções na semana. Os destaques dos dados incluem os números revisados de crescimento do Japão na segunda-feira e, posteriormente, números de salários do Reino Unido, inflação da China e dados de preços ao consumidor e produtor dos EUA.
Os últimos números de empregos destacam um mercado de trabalho que continua a desafiar as expectativas e a mitigar o impacto na economia das altas taxas de juros e preços. Essa força arrisca manter as pressões inflacionárias persistentes, o que provavelmente reforçará a postura cautelosa do Fed.
“Ainda esperamos que o Fed corte as taxas em setembro, mas outro conjunto de resultados provavelmente também tiraria isso da mesa”, disse Seema Shah, estrategista-chefe global da Principal Asset Management. “A notícia positiva, no entanto, é que com um mercado de trabalho tão forte, a economia dos EUA está longe de uma recessão.”
Economistas do Citigroup e do JPMorgan Chase, entre os poucos que ainda previam um corte do Fed em julho, mudaram suas previsões após o relatório de empregos. Andrew Hollenhorst, do Citi, agora vê cortes em setembro, novembro e dezembro. Michael Feroli, do JPMorgan, prevê uma redução do Fed em novembro.
A reunião do Fed em junho será uma das mais cruciais deste ano, pois o presidente Jerome Powell pode fornecer a dica mais clara até agora sobre o cronograma de corte de taxas, de acordo com Anna Wong, da Bloomberg Economics.
Com o Fed amplamente esperado para permanecer em espera, o foco da reunião será o novo Resumo das Projeções Econômicas. Em março, os funcionários do Fed mantiveram sua perspectiva para três cortes de taxas em 2024.
“O novo ‘dot plot’ provavelmente indicará dois cortes de 25 pontos base este ano”, disse Wong.
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