Índices da Ásia apontam para ganhos após sequência de altas em Wall Street

Futuros de ações na Austrália, Japão e China continental subiam no início das negociações dos mercados na segunda-feira

An electronic stock board displays the Nikkei 225 Stock Average outside a securities firm in Tokyo, Japan, on Tuesday, Aug. 6, 2024. Japanese stocks surged after their plunge into a bear market during the previous day’s trading brought them down to key technical levels. Photographer: Kiyoshi Ota/Bloomberg
Por Matthew Burgess
20 de Outubro, 2024 | 08:50 PM

Bloomberg — A maior parte das ações asiáticas apontava para uma abertura em alta no início das negociações de segunda-feira (21), após Wall Street ter encerrado a semana passada em novas altas.

Os futuros de ações na Austrália, Japão e China continental apontavam para ganhos, enquanto os de Hong Kong caíam.

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Os contratos dos Estados Unidos subiram depois que o S&P 500 registrou seu sexto ganho semanal consecutivo, a melhor sequência do ano, impulsionada por uma série de resultados corporativos e sinais de que a maior economia do mundo continua robusta.

Os traders estarão atentos à China nas primeiras negociações, antes da esperada redução de 20 pontos-base nas taxas preferenciais de empréstimo de um e cinco anos na segunda.

O corte ocorre enquanto os investidores se mostram céticos quanto a uma recuperação das ações chinesas após uma série de medidas de estímulo.

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“Quão influente será o novo afrouxamento nas ações da China e de Hong Kong, e no yuan, continua em debate, já que os participantes do mercado podem estar sentindo uma fadiga com o afrouxamento da política monetãria”, disse Chris Weston, chefe de pesquisa da Pepperstone Group, em Melbourne.

O petróleo estava estável nas primeiras negociações depois que Israel prometeu retaliação contra o Irã após um ataque preciso de drones do Hezbollah à residência privada do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O petróleo caiu 8,4% na semana passada, a maior queda semanal em um ano, enquanto os EUA retomavam esforços para encerrar o conflito no Oriente Médio e a demanda de petróleo da China diminuía.

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A possível escalada do conflito ocorre enquanto ministros das finanças e chefes de bancos centrais se reúnem em Washington esta semana para o encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

O encontro será marcado pela guerra em curso entre Rússia e Ucrânia e pela disputa das eleições presidenciais nos EUA, que oferecem desfechos econômicos muito diferentes para o mundo.

Em outra parte da Ásia, os traders estarão atentos à rupia indonésia depois que o novo presidente do país, Prabowo Subianto, confirmou que Sri Mulyani Indrawati permanecerá como ministra das finanças, um sinal de continuidade política na maior economia do Sudeste Asiático.

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Os políticos da Malásia se preparam para protestos após comprometerem-se a eliminar gradualmente os subsídios de combustível a partir do próximo ano, o que também pode aumentar a inflação.

O S&P 500 subiu 0,4% na sexta-feira, registrando seu 47º recorde em 2024. A Netflix (NFLX) saltou 11% com lucros sólidos, enquanto a Apple (AAPL) subiu 1,2%, impulsionada pelas vendas de seus novos iPhones na China.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos caíram um ponto base, para 4,08%, na sexta-feira. O Bloomberg Dollar Spot Index caiu 0,2%.

Entre os balanços trimestrais nos EUA que devem ser divulgados nesta semana, a Tesla (TSLA) enfrenta questões sobre suas metas de produção e desafios regulatórios após o lançamento do Cybercab não empolgar os investidores, nem diminuir as preocupações com as vendas recentes de veículos.

A Boeing também terá que acalmar investidores cada vez mais preocupados com atrasos na produção, recursos financeiros reduzidos e conflitos trabalhistas.

Os trabalhadores em greve votarão em 23 de outubro para ratificar um acordo provisório sobre um novo contrato que a empresa e seu sindicato alcançaram no fim de semana, incluindo um aumento salarial de 35% distribuído ao longo de quatro anos.

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