Ibovespa tem queda com Vale e Petrobras; dólar fica estável em R$ 4,93

Movimento negativo no mercado americano também afetou bolsa brasileira; investidores estão menos otimistas com cortes de juros

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17 de Janeiro, 2024 | 06:30 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta quarta-feira (17) em queda de 0,60%, aos 128.523 pontos, acompanhando o mau humor nos mercados internacionais. Dados da China, que mostraram um enfraquecimento da economia do país, foram outro fator que impactou a bolsa brasileira. O dólar fechou perto da estabilidade, com alta de 0,08%, a R$ 4,93,.

A queda de 1,66% da Vale (VALE3) e de 0,98% das ações ordinárias da Petrobras (PETR4;PETR3) contribuíram para o resultado negativo. No índice, as maiores quedas do dia foram de Pão de Açúcar (PCAR3), Hapvida e 3R Petroleum, que se desvalorizaram 3,78%, 3,37% e 3,27%, respectivamente.

Na outra ponta, a maior alta foi a da Natura (NTCO3), que subiu 3,74%. A SLC Agrícola (SLEC3) também foi um destaque positivo, subindo 2,98%.

O Itaú (ITUB4) teve leve alta, de 0,06%, depois de o Bank of America elevar para “compra” a recomendação das ações. Bradesco e Banco do Brasil também se valorizaram.

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Estados Unidos

As ações nos Estados Unidos tiveram perdas, assim como outros ativos de risco, à medida que os juros futuros dos Treasuries subiram devido à especulação de que o Federal Reserve não terá pressa em cortar as taxas de juro, uma vez que a economia mostra sinais de resiliência.

O índice Dow Jones caiu 0,25%, o S&P 500 recuou 0,56%, e o Nasdaq 100 perdeu 0,59%. A apreensão também afetou negativamente os índices de ações na Europa.

Nesta quarta, o “medidor do medo” de Wall Street – o VIX – atingiu o nível mais alto desde novembro e o índice de ações MSCI Emerging Markets caiu 2%, prejudicando também o preço do petróleo.

Dados divulgados mostraram que as vendas do varejo nos EUA aumentaram ao ritmo mais forte em três meses em dezembro, coroando um sólido fim de ano que sugere resiliência do consumidor.

Outros dados também mostraram que o sentimento das construtoras de residências aumentou em janeiro, à medida que as taxas hipotecárias mais baixas impulsionaram o número de clientes, as vendas e as perspectivas de demanda.

“Uma recessão parece cada vez mais improvável”, disse David Russell na TradeStation. “Apesar de enfrentarem uma tempestade inflacionária, os consumidores ainda têm demanda reprimida e dólares para gastar. Uma aterrissagem suave pode estar se formando diante de nossos olhos.”

-- Com informações da Bloomberg News.

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Victor Sena

Editor assistente na Bloomberg Línea. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especializado em cobertura de economia.