Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) teve seu primeiro pregão negativo da semana nesta quinta-feira (12). O principal índice da B3 caiu 2,74%, aos 126.042 pontos, um dia depois da última decisão de política monetária no Brasil no ano. Foi a maior baixa do Ibovespa desde 2 de janeiro de 2023, quando o índice recuou 3%.
O dólar comercial, por sua vez, voltou a subir depois da trégua de quarta-feira. Neste pregão, a divisa americana avançou 0,69%, cotada a R$ 6,009.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual (p.p.), para 12,25% ao ano e sinalizou mais dois aumentos da mesma magnitude para as próximas reuniões, o que levaria a taxa para 14,25% ao ano.
A elevação confirmou as projeções mais hawkish de parte do mercado, diante das incertezas fiscais que foram exacerbadas com a apresentação do pacote de cortes de gastos há duas semanas.
“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista”, disse o Copom no comunicado que acompanhou a decisão.
Outro ponto de atenção nos mercados foi o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou nesta quinta por um novo procedimento médico, dois dias depois de passar por uma cirurgia cerebral de emergência. De acordo com seu médico, Lula passa bem e está “acordado e conversando”.
No exterior, as principais bolsas americanas tiveram um dia de queda após a divulgação de mais um dado de inflação, o índice de preços ao produtor (PPI). O indicador avançou 0,4% no último mês, acima das expectativas dos analistas, que esperavam alta de 0,2%.
O temor dos mercados é que a inflação fortalecida prejudique a tendência de queda nos juros americanos. Entre as bolsas, a principal baixa do dia foi da Nasdaq, que caiu 0,66%.
-- Com informações da Bloomberg News.