Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) abriu a semana recuperando a marca dos 130.000 pontos com a ajuda das ações ligadas às commodities e com a continuidade da recuperação das bolsas americanas.
O principal índice da B3 avançou 1,46% nesta segunda-feira (17), aos 130.834 pontos, em seu maior nível em cinco meses.
O impulso veio após anúncio de incentivos na China. No domingo, o governo chinês informou que irá tomar medidas para reavivar o consumo e aumentar a renda da população.
As medidas incluem a estabilização dos mercados de ações e imobiliário e a oferta de incentivos para aumentar a taxa de natalidade do país.
Segundo o comunicado, Pequim promoverá “crescimento razoável” nos salários e estabelecerá um mecanismo sólido para ajustar o salário mínimo. O governo também analisará a criação de um sistema de subsídio para cuidados às crianças, bem como o fortalecimento de como o investimento pode apoiar o consumo.
A expectativa de retomada da economia chinesa fortaleceu as ações ligadas às commodities, de olho na demanda futura do gigante asiático. A Petrobras (PETR4) fechou em alta de 1,86%, ampliando o salto de 3,08% no pregão anterior.
Já a Vale (VALE3) subiu 1,44% mesmo com a queda de 1,14% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian. No último pregão, a mineradora teve ganhos de 3,28%.
A perspectiva também fortaleceu o real. O dólar caiu 0,99% contra a moeda brasileira e encerrou a sessão cotado a R$ 5,69.
Investidores no mercado local também repercutiram a divulgação do Boletim Focus, levantamento do Banco Central que mede a expectativa de economistas sobre a economia.
O Focus mostrou a primeira queda em seis meses para a perspectiva da inflação. A estimativa do mercado para a inflação de 2025 passou de 5,68% para 5,66%.
Apesar da redução, a expectativa é que o indicador continue bem acima dos 4,5% ao ano que são o teto da meta da inflação.
No exterior as bolsas mantiveram a toada de recuperação do final da última semana. Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq avançaram 0,85%, 0,65% e 0,31% respectivamente.
Apesar da alta, as negociações devem seguir em compasso de espera até a próxima quarta-feira (19), quando será divulgada a próxima decisão sobre juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
Será a primeira decisão após a implementação da política tarifária do presidente Donald Trump, e terá a primeira avaliação dos membros sobre o efeito das mudanças na economia dos EUA.
A expectativa dos investidores é que a taxa seja mantida no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. As estimativas são compiladas por ferramenta do CME Group.
No cenário local, investidores aguardam a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), agendada também para esta quarta-feira. A expectativa é que o Copom eleve a taxa em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.
- Com informações da Bloomberg News.
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