Ibovespa sobe mais de 1% apesar de ameaça de tarifas de Trump; dólar recua a R$ 5,78

Ações ligadas ao minério de ferro tem dia misto após nova ofensiva de Trump sobre aço e alumínio

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera em alta de mais de 1% nesta segunda-feira (10), apoiado nas ações ligadas às commodities. O principal índice da B3 avança 1,3% por volta das 11h, aos 126.186 pontos.

O dólar, por sua vez, volta a cair e recua 0,11% contra o real, cotado a R$ 5,78. Na última sessão, a moeda chegou a alcançar R$ 5,79 após novas ameaças de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nesta segunda-feira, as ameaças de novas tarifas de Trump seguem no radar dos investidores, mas deixam de ter um efeito muito expressivo no câmbio.

O principal foco de atenção fica com as ações ligadas a commodities metálicas, após o presidente dos EUA ter dito que irá anunciar a taxação de 25% sobre o aço e alumínio importados. O minério de ferro avançou mesmo com o anúncio, e subiu 0,79% na bolsa chinesa de Dalian.

Na bolsa brasileira, os efeitos são mistos. A Vale (VALE3), ação com maior peso na carteira teórica do Ibovespa, tem alta de 0,39%. Gerdau (GGBR4), Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Usiminas (USIM5) também operam em alta de 3,35%, 2,89% e 0,54%, respectivamente. Já a CSN (CSNA3) recua 1,45%.

Outra ação que ajuda a dar o tom positivo do Ibovespa no dia é a da Petrobras (PETR4). Os papéis da estatal sobem 0,63%, acompanhando a alta de mais de 1% do petróleo no mercado internacional.

Entre as bolsas globais, o sentimento também é positivo apesar das ameaças tarifárias. Os futuros do Dow Jones avançam 0,57%, os do S&P500 sobem 0,59% e os do Nasdaq têm altas de 0,89%.

Trump afirmou que as tarifas sobre metais se aplicariam a importações de todos os países, embora não tenha especificado quando entrariam em vigor.

A opinião dos investidores é que os ativos de risco estão ficando mais dessensibilizados aos anúncios tarifários de Trump.

“Nossa visão sobre as tarifas continua sendo a de que elas causarão volatilidade, são uma ferramenta de negociação e, no fim, não serão tão ruins quanto temido. No entanto, vemos espaço para mais volatilidade nas próximas semanas, com a Europa provavelmente sendo o próximo alvo”, afirmou Mohit Kumar, da Jefferies International à Bloomberg News.

- Com informações da Bloomberg News.

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