Ibovespa sobe e fecha no maior nível já registrado com avanço das bolsas mundiais

Índice brasileiro subiu 1,06%, aos 130.842 pontos, enquanto dólar caiu a R$ 4,91; ganhos refletem a perspectiva de juros menores nos EUA

Afterhours
14 de Dezembro, 2023 | 06:49 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de 1,06%, aos 130.842 pontos, nesta quinta-feira (14), e atingiu o maior patamar de fechamento já registrado. Durante o dia, o índice chegou à máxima histórica intradiária, de 131.260 pontos, superando o recorde nominal anterior (131.190), de 7 de junho de 2021. O dólar caiu 0,08%, a R$ 4,91.

Os ganhos refletem o desempenho positivo dos índices de ações em Nova York. Os investidores repercutiram a sinalização do Federal Reserve de que o ciclo aperto monetário nos Estados Unidos se encerrou e de que os juros podem começar a sofrer cortes em 2024.

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Na bolsa brasileira, as ações de empresas de peso como Vale (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e dos grandes bancos subiram. As ações preferenciais da Petrobras avançaram 2,17%, as da Vale, 0,55%, e as do Bradesco, 1,71%.

O petróleo subiu com a expectativa de juros menores e mais incentivo econômico, beneficiando também as demais ações do setor, além da Petrobras. Os papéis da PRIO (PRIO3) subiram 5,02%.

Dexco, MRV e Renner também foram destaques positivos.

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Entre as perdas do dia, os papéis da Braskem caíram 1,57% depois de a agência Fitch rebaixar o rating de crédito da petroquímica. A empresa é pressionada pela crise ambiental provocada pelo afundamento do solo no entorno das minas de exploração de sal-gema da empresa em Maceió.

As maiores quedas foram de Natura, Magazine Luiza e Casas Bahia.

Estados Unidos

Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,43%, o S&P 500 avançou 0,43% e o Nasdaq teve ganho de 0,19%. O patamar alcançado pelo Dow Jones é o maior da história. Os juros futuros dos Treasuries de 10 anos caíram 0,11 ponto porcentual, fechando a 3,91%.

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Apesar da alta, o indicador S&P 500 oscilou à medida que os valuations e os níveis tecnicamente comprados sugerem que as ações estão vulneráveis a uma retração.

O “medidor do medo” de Wall Street – o VIX – afastou-se de um mínimo de quase quatro anos.

-- Com informações da Bloomberg News.

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-- Com Automação da Bloomberg

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Victor Sena

Editor assistente na Bloomberg Línea. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especializado em cobertura de economia.