Ibovespa sobe e fecha acima dos 134 mil pontos com otimismo externo; Petz cai 9%

Investidores reagiram a novos dados de varejo e do mercado de trabalho dos EUA que indicam resiliência da economia americana

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15 de Agosto, 2024 | 06:30 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de 0,63%, aos 134.153 pontos, influenciado pelo avanço dos mercados internacionais depois da divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos.

Durante o dia, o índice chegou a atingir a máxima de 134.574 pontos e ficou perto de bater o recorde histórico de fechamento do dia 27 de dezembro do ano passado, de 134.193,72 pontos.

A alta do Ibovespa, que acumula valorização de cerca de 5% em agosto até esta quinta, também tem sido impulsionada pela entrada de investidores estrangeiros. Até o dia 13, a bolsa brasileira registrou a entrada de R$ 3,22 bilhões em capital do exterior no mês.

O dólar (USDBRL) subi 0,19% e operava a R$ 5,48 ao fim do pregão na B3.

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Números do varejo e do mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçaram a visão de que a economia americana está resiliente e de que a inflação tem se mantido controlada, na direção de um “pouso suave”. Isso abriria caminho para um corte da taxa de juros, dentro dos planos do Federal Reserve.

Em julho, as vendas no varejo dos Estados Unidos aceleraram mais do que o previsto, no maior avanço desde o início de 2023, mostrando um consumidor resiliente mesmo diante de preços mais altos e juros elevados.

Já os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram pela segunda semana consecutiva no país, para o nível mais baixo desde julho, apesar de uma recente retração nas contratações.

Os pedidos iniciais diminuíram em 7.000, totalizando 227.000 na semana encerrada em 10 de agosto. A previsão mediana em uma pesquisa da Bloomberg com economistas apontava para 235.000 pedidos.

Entre os ativos, os papéis da Vale (VALE3), da Petrobras (PETR3; PETR4) e do Itaú Unibanco (ITUB4) foram as principais influências positivas em volume. Outros bancos como Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11) também avançaram. O Santander Brasil (SANB11) operava perto da estabilidade ao final do pregão.

Destaque ainda para a Ambev (ABEV3), que avançou 3,50% e também ficou entre as maiores influências positivas.

A maior alta foi a da IRB (IRBR3), que avançou mais de 30% depois da divulgação do balanço do segundo trimestre. A empresa registrou lucro líquido de R$ 65,2 milhões no período, o aumento de 224,6% em relação ao segundo trimestre do ano anterior. Analistas do BTG Pactual elevaram o papel de “venda” para “neutro”, citando uma relação mais favorável entre risco e prêmio.

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Na outra ponta, a Petz (PETZ3) recuou mais de 9%, com os investidores reagindo aos resultados trimestrais. A empresa apresentou lucro líquido ajustado de R$ 4,969 milhões no segundo trimestre, um recuo de 79,8% em relação ao mesmo período de 2023.

A Localiza (RENT3) estendeu as perdas do dia anterior e fechou em baixa, ainda refletindo os resultados trimestrais negativos apresentados nesta semana.

Estados Unidos

Em Nova York, as ações subiram e os títulos caíram, à medida que os dados sobre o consumo no varejo e o mercado de trabalho ressaltaram a força da maior economia do mundo, aliviando os temores de que o Federal Reserve pudesse enfrentar uma desaceleração mais profunda.

Com a redução das preocupações econômicas, o S&P 500 estendeu um rali de seis dias — o melhor desempenho em tal período desde novembro de 2022.

Um relatório fraco sobre a folha de pagamento dos EUA no início deste mês gerou preocupações de que o Fed tenha esperado muito tempo para cortar a taxa de juros. Os dados desta quinta-feira devem dar aos diretores do BC americano algum tempo até a reunião de setembro.

-- Com informações da Bloomberg News