Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta terça-feira (2) em alta de 0,44%, aos 127.548 pontos, destoando dos índices de Nova York, que fecharam o dia no negativo. A bolsa brasileira foi beneficiada pela alta das commodities, que fez subir as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3).
O dólar (USDBRL) recuou 0,02%, negociado a R$ 5,05 no fechamento, com intervenção do Banco Central.
No Brasil, o destaque foi a Petrobras, cujas ações preferenciais subiram 2,58% com alta do petróleo. Os papéis da Vale avançaram 1,18% com alta do minério.
Na ponta oposta do dia, a Enauta (ENAT3) caiu 11,09% depois da proposta de fusão com a 3R Petroleum (RRRP3), que subiu 0,73%. Acionistas da Enauta não teriam avaliado bem os termos de troca da operação. Com a suspensão das negociações com a PetroReconcavo (RECV3), as suas ações caíram 9,02%.
Nos mercados globais e, em particular, nos EUA, as ações caíram após leituras econômicas sólidas e um rali em commodities terem alimentado especulações de que os principais bancos centrais manterão as taxas de juros mais altas por mais tempo.
Os títulos de dívida americana ficaram sob pressão depois que presidentes regionais do Federal Reserve falaram que, embora esperem cortes nas taxas de juros em 2024, a flexibilização não deve começar tão cedo. A visão de que o banco central americano não terá pressa para iniciar o ciclo de corte de juros prejudicou as ações e fez os índices de Nova York caírem.
Com os traders agora projetando menos cortes de juros em 2024 do que o próprio Fed, os rendimentos dos títulos de 10 anos subiram quatro pontos-base para 4,35% e atingiram os níveis mais altos desde novembro. Isso pesou no mercado de ações - que vinha ignorando a precificação das apostas dos bancos centrais nos últimos meses, em meio a um rali.
O S&P 500 teve seu pior dia em quase um mês. A Tesla (TSLA) liderou as perdas entre as megacaps. O petróleo subiu para US$ 85, o cobre avançou e o ouro ficou perto das máximas históricas e o bitcoin afundou.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, e sua colega de Cleveland, Loretta Mester, disseram que ainda esperam que o banco central corte as taxas três vezes em 2024 - embora não tenham pressa em começar a reduzir os custos de empréstimos.
Os traders de swaps projetam atualmente cerca de 65 pontos-base de reduções de taxa este ano - menos do que os 75 pontos-base sinalizados nas últimas previsões do “dot plot” do Fed.
- Com informações da Bloomberg News.
Leia também: