Ibovespa sobe 1% em dia de recuperação dos mercados globais; dólar cai a R$ 5,89

Investidores aguardam flexibilização e negociações a respeito de tarifas impostas por Trump após dias de turbulência nas bolsas globais

O movimento da bolsa brasileira acompanha Wall Street, onde os principais índices de ações americanos têm um dia de recuperação.
08 de Abril, 2025 | 11:23 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) acompanha os mercados globais, em um dia de alívio após três pregões de forte turbulência nas bolsas globais. Nesta terça-feira (8), por volta das 11h22, o principal índice da B3 avança 0,97%, aos 126.800 pontos.

O movimento acompanha Wall Street, onde os principais índices de ações americanos têm um dia de recuperação. O S&P500 avança 3,50%, em movimento de retomada após quase ter entrado em bear market na véspera.

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O índice de tecnologia Nasdaq tem a maior alta do dia, na casa dos 4%, enquanto o Dow Jones avança 3,58%.

O tom positivo acompanha as expectativas de flexibilização e negociação a respeito das tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump na última semana.

A abrangência e a retaliação dos países afetados causaram três dias de forte turbulência nos mercados globais, que operam em tom de alívio nesta terça-feira.

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O motivo são alguns sinais de que o governo americano está disposto a negociar. Segundo a Bloomberg News, as negociações com o Japão devem ter prioridade entre os países que buscam acordos com os EUA – o índice japonês Nikkei fechou esta terça-feira em alta de 6%.

Além disso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que até 70 países estão dispostos a negociar tarifas e que propostas sólidas podem levar a bons acordos.

Com as negociações no radar, investidores voltam a apostar em opções mais arriscadas de investimento, enfraquecendo o dólar globalmente. A moeda americana recua 0,32% contra o real, cotada a R$ 5,89.

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Ainda assim, as preocupações continuam, em especial com a resposta da China. Após impor uma tarifa retaliatória de 34% sobre os EUA, Trump ameaçou uma nova tarifa de 50% sobre os produtos chineses. E o gigante asiático prometeu retaliar mais uma vez.

“A ameaça dos EUA de aumentar as tarifas sobre a China é um erro em cima de um erro”, disse o Ministério do Comércio da China em um comunicado nesta terça-feira. “Se os EUA insistirem em seu próprio caminho, a China lutará até o fim”.

- Com informações da Bloomberg News.

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Beatriz Quesada

Jornalista especializada na cobertura econômica. Formada pela USP, escreve sobre mercados, negócios e setor imobiliário. Tem passagens por Exame, Capital Aberto e BandNews FM.