Ibovespa segue Nova York e fecha em alta com avanço de Petrobras e Embraer

Ações da fabricante de aeronaves subiram 10% depois da divulgação de resultados trimestrais acima do esperado; dólar recuou a R$ 5,55

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de 0,90%, aos 128.661 pontos, nesta quinta-feira (8), influenciado pela melhora no sentimento externo com a divulgação de novos dados da economia dos EUA. Investidores também reagiram à divulgação de novos balanços, o que influenciou o desempenho das ações do índice brasileiro.

O dólar (USDBRL) cedia 1,59% e operava a R$ 5,55 ao fim do pregão na B3.

A Embraer (EMBR3) subiu 10,04%, a R$ 41,96, e foi uma da maiores contribuições positivas do dia em volume. A fabricante de aeronaves registrou lucro líquido ajustado de R$ 415,7 milhões no segundo trimestre, o que representa uma alta de 50,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima do estimado por analistas.

O papel preferencial da Petrobras (PETR3; PETR4) avançou 1,70%, a R$ 36,89, antes da divulgação do balanço da companhia, prevista para esta quinta após o fechamento.

Já a Vale (VALE3) recuou 0,61%, a R$ 56,86, e foi uma das principais contribuições negativas.

A sessão também foi negativa para alguns bancos. O Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,38%, a R$ 26,20, após a divulgação do resultado do segundo trimestre. A instituição teve um crescimento anual de 8,2% em seu lucro líquido ajustado, que totalizou R$ 9,5 bilhões no período. Mas a companhia também revisou para cima sua projeção (guidance) de despesas com inadimplência para 2024.

O Itaú Unibanco (ITUB4) recuou, enquanto o Bradesco (BBDC4), o Santander Brasil (SANB11) e o BTG Pactual (BPAC11) avançaram.

Estados Unidos

Em Nova York, os índices de ações se recuperaram e os títulos recuaram após novos dados do mercado de trabalho dos EUA ajudarem a aliviar as preocupações sobre uma desaceleração mais acentuada na maior economia do mundo.

Todos os principais grupos do S&P 500 avançaram, e o índice registrou sua maior alta desde novembro de 2022. Os dados mostraram que os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA caíram ao maior ritmo em quase um ano.

Com a diminuição das preocupações econômicas, os títulos do Tesouro caíram em toda a curva — a venda foi liderada por títulos de curto prazo. Os títulos mantiveram suas perdas após uma fraca venda de US$ 25 bilhões em dívida do governo a 30 anos.

Os mercados estavam em queda desde que os dados econômicos da semana passada geraram preocupações de que o Fed está demorando demais para cortar a taxa de juros, colocando em risco as perspectivas de um “pouso suave”. Esses temores, combinados com posições esticadas, balanços decepcionantes do setor de tecnologia e tendências sazonais desfavoráveis, estavam entre os fatores que desencadearam a volatilidade.

-- Com informações da Bloomberg News