Ibovespa reduz perdas, mas fecha em queda após vitória de Trump; dólar cai a R$ 5,68

Índice chegou a cair 1,33% pela manhã com a reação de investidores ao resultado e fechou com perda de 0,24%; dólar recuou depois de avançar até R$ 5,86 no dia

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) teve um dia de volatilidade, com a reação de investidores à vitória de Donald Trump na eleição americana. Após o fechamento, o Copom elevou a Selic para 11,25%, em uma decisão amplamente esperada, citando riscos para o aumento da inflação.

O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,24%, aos 130.341 pontos, depois de reduzir as perdas registradas no início da sessão. Pela manhã, o Ibovespa chegou a cair 1,33% com a vitória de Donald Trump. Os temores de impactos negativos para ativos emergentes foram reduzidos ao longo do dia, com os investidores revendo as posições.

O dólar (USDBRL) teve forte oscilação e chegou a variar 0,20 centavos entre a máxima e a mínima. No fim da sessão, a moeda americana fechou com queda de 1,24%, a R$ 5,68, depois de atingir até R$ 5,86 pela manhã.

A preocupação de investidores de que as políticas defendidas por Trump podem elevar as pressões inflacionárias e fortalecer o dólar foi amenizada pelas expectativas de um acordo no governo para o plano de corte de gastos.

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse nesta quarta que as reuniões com demais ministros foram concluídas e que o resultado das conversas seria levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os ativos, a Vale (VALE3) caiu 1,13% com o recuo dos futuores de minério de ferro e foi a principal influência negativa, seguida do Bradesco (BBDC4), que teve perdas de 0,86%.

A Gerdau (GGBR4) avançou 9,61% e a holding Gerdau Metalúrgica (GOAU4) subiu 9,15% e ficaram entre as maiores contribuições positivas. Investidores reagiram à divulgação do balanço trimestral, que ficou acima das expectativas.

Nos Estados Unidos, a sessão foi de ganhos impulsionados pelos ativos que tendem a ganhar com as políticas defendidas por Trump. Os índices tiveram o melhor desempenho pós-eleições da história, segundo a Bloomberg News.