Ibovespa recua com Vale e Petrobras em dia de balanços de big techs nos EUA

As atenções estarão voltadas hoje para os números trimestrais da Tesla e da Alphabet, a dona do Google, após o fechamento do pregão em NY

Sessão é de baixa para as commodities, o que pressiona o índice de ações brasileiro
23 de Julho, 2024 | 10:26 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recua nesta terça-feira (23), em uma sessão de queda para commodities e com investidores aguardando a divulgação dos balanços de grandes empresas de tecnologia nos Estados Unidos.

Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o principal índice de renda variável da bolsa brasileira recuava 0,48%, aos 127.245 pontos. Contribuíam para a baixa a queda das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3). O dólar, por sua vez, subia 0,31%, a R$ 5,59.

Entre as commodities, o minério de ferro caiu abaixo de US$ 100 a tonelada, depois que uma reunião política na China não trouxe estímulos significativos, em um contexto de forte oferta e aumento dos estoques.

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A safra de balanços ganha força nesta terça, com os números do segundo trimestre de big techs como Tesla (TSLA) e Alphabet (GOOGL).

Enquanto na fabricante de veículos elétricos de Elon Musk os analistas aguardam por detalhes do serviço de robotáxis, na Alphabet, as ofertas de IA e a receita do Google Cloud estão em foco.

Empresas que representam 29% do valor de mercado do índice S&P 500 devem divulgar resultados esta semana, e os investidores aguardam para ver se o rali das ações de tech que impulsionou o índice este ano ainda tem espaço para continuar.

Na Europa, a LVMH, o maior grupo de luxo do mundo, também divulga seus resultados hoje após o fechamento do pregão e a expectativa é por um aumento nas vendas no período de abril a junho.

A cena política nos Estados Unidos também ganha destaque, com a vice-presidente Kamala Harris consolidando sua posição como candidata pelo partido democrata.

No âmbito corporativo, a startup de cibersegurança Wiz recusou uma oferta de aquisição de até US$ 23 bilhões da Alphabet, optando, em vez disso, por um plano de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

A aquisição seria a maior na história da dona do Google e é uma má notícia para a gigante de tecnologia, que está tentando alcançar a Microsoft (MSFT) e a Amazon (AMZN) em um mercado de serviços de nuvem altamente competitivo.

-- Com informações da Bloomberg News

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.