Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recua nesta quinta-feira (11), em meio ao sentimento de cautela global com a trajetória dos juros e com investidores analisando novos dados econômicos.
Por aqui, as vendas no varejo brasileiro surpreenderam ao mostrar avanço de 1% em fevereiro sobre janeiro, no maior patamar da série histórica. Na comparação anual, a alta foi de 8,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em março, desacelerando ante os 0,6% de fevereiro, segundo dados do Departamento do Trabalho. Na comparação anual, a alta foi de 2,1%, o maior avanço em 11 meses, mostrando a força e persistência da inflação.
Leia mais: Empresas de LatAm voltam a se preparar para IPO nos EUA, diz escritório global
Ontem (10), dados de inflação acima do esperado nos EUA elevaram as preocupações de que o Federal Reserve possa adiar o início do ciclo de cortes, com a maior parte do mercado prevendo apenas duas reduções nas taxas este ano.
Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,36%, aos 127.591 pontos. O dólar, por sua vez, operava estável, a R$ 5,07.
Ainda na cena externa, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros inalteradas pela quinta vez consecutiva nesta manhã, e enviou seu sinal mais claro até agora de que a desaceleração da inflação em breve poderá permitir o início dos cortes.
A taxa foi mantida em 4%, um recorde histórico, conforme previsto por uma pesquisa da Bloomberg, na qual apenas um dos 62 economistas previa uma redução.
Os membros do Conselho, contudo, acrescentaram trechos ao comunicado que acompanha a decisão sinalizando uma redução à frente, caso as previsões econômicas atualizadas em junho indiquem espaço suficiente para tal.
-- Com informações da Bloomberg News