Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recuou no pregão desta quarta-feira (18) e perdeu a marca dos 121.000 pontos. O principal índice da B3 caiu 3,15% e fechou aos 120.771 pontos. Foi a maior baixa para o Ibovespa desde novembro de 2022.
Já o dólar comercial subiu 2,82% – sua maior alta em dois anos – e fechou cotado a R$ 6,26, nova máxima nominal histórica.
A bolsa já começou o dia em alta com investidores atentos à votação do pacote fiscal na Câmara dos Deputados. Governo e relatores dos projetos do pacote têm negociado pontos da medida para garantir a aprovação, aumentando o temor de que os cortes sejam desidratados.
Mas o que realmente influenciou os mercados foi a decisão de política monetária nos Estados Unidos. A decisão em si já era esperada pelo mercado: redução de 0,25 ponto percentual (p.p.), para o intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano.
O que preocupou foi a sinalização para o futuro. De acordo com o chamado dot plot - gráfico de pontos - de dezembro, os diretores do Fed aguardam agora dois cortes nas taxas ao longo de 2025, totalizando 0,5 p.p.; duas reuniões atrás, em setembro, os diretores projetavam 1 p.p. de redução no próximo ano.
A mudança das projeções para os juros veio acompanhada de expectativas mais altas para a inflação medida pelo PCE, que é justamente o índice mais observado pelas autoridades monetárias: a previsão passou de 2,1% para 2,5%, acima, portanto, da meta perseguida de 2% ao ano.
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Nos minutos depois da decisão e do comunicado do Fed, as bolsas americanas ampliaram as quedas, assim como Ibovespa, que passou a recuar mais de 3%; enquanto o dólar acelerou o movimento de alta.
Entre os principais índices americanos, o Nasdaq registrou a maior baixa do dia, com queda de 3,56%. O índice Vix, que mede a volatilidade esperada para o mercado americano, disparou 75,9% nesta quarta-feira.
-- Com informações da Bloomberg News.
