Ibovespa recua 0,30% puxado por Bradesco, e dólar tem novo recorde nominal

Investidores continuam reagindo à percepção de riscos fiscais do país. Moeda americana subiu 1,13% e fechou a R$ 6,06

After Hours
02 de Dezembro, 2024 | 06:45 PM

Bloomberg Línea — Após uma semana de instabilidades causadas pelo anúncio do pacote de corte de gastos do governo, o Ibovespa (IBOV) voltou a cair nesta segunda-feira (2). O principal índice da bolsa recuou 0,30% e fechou a 125.235 pontos.

O Bradesco (BBDC4) foi a maior contribuição para a queda do índice, com perda de 2,1%. A Azul (AZUL4) teve o maior recuo, de 7,9%.

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O dólar (USDBRL) voltou a bater recorde nominal de valor. A moeda americana teve alta de 1,13%, cotada a R$ 6,06. Ao longo do dia, o real teve o pior desempenho em cesta de moedas emergentes, e o dólar chegou a atingir R$ 6,09, antes de recuar ao valor de fechamento.

A movimentação ocorreu após declarações do diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, que vai presidir a instituição a partir de janeiro. Segundo ele, a projeção (guidance) do BC está aberta, e a autoridade monetária não vai dar sinalização agora para reuniões.

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Como resposta, operadores reduziram levemente a aposta em alta de 1 ponto percentual pelo Copom em dezembro, ao passo que as taxas de juros mais longas sobem, com prolongamento do mau humor sobre as contas públicas.

Fechamento dos mercados nesta segunda-feira (2)

No exterior, um rali das maiores empresas de tecnologia do mundo impulsionou as ações a novos recordes históricos. Os traders de Wall Street se preparando para uma série de dados econômicos e declarações de membros do Federal Reserve que ajudarão a moldar as perspectivas para as taxas de juros.

O S&P 500 registrou seu 54º recorde de fechamento neste ano em uma alta “estreita”. O Nasdaq 100, focado em tecnologia, subiu mais de 1%, com a Tesla liderando os ganhos entre as gigantes e a Apple alcançando um novo pico.

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O destaque desta semana será o relatório de empregos de sexta-feira (6), que deve mostrar um aumento na contratação nos EUA em novembro.

Há um ano, investidores em ações e estrategistas se preparavam para um 2024 potencialmente turbulento, preocupados com o risco de um hard landing para a economia dos EUA e cortes de taxas que poderiam vir tarde demais para evitá-lo. No início do ano, poucos previam que o ganho anual do S&P 500 estaria entre os melhores da história.

-- Com informações da Bloomberg News.