Bloomberg Línea — Após uma semana de instabilidades causadas pelo anúncio do pacote de corte de gastos do governo, o Ibovespa (IBOV) voltou a cair nesta segunda-feira (2). O principal índice da bolsa recuou 0,30% e fechou a 125.235 pontos.
O Bradesco (BBDC4) foi a maior contribuição para a queda do índice, com perda de 2,1%. A Azul (AZUL4) teve o maior recuo, de 7,9%.
O dólar (USDBRL) voltou a bater recorde nominal de valor. A moeda americana teve alta de 1,13%, cotada a R$ 6,06. Ao longo do dia, o real teve o pior desempenho em cesta de moedas emergentes, e o dólar chegou a atingir R$ 6,09, antes de recuar ao valor de fechamento.
A movimentação ocorreu após declarações do diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, que vai presidir a instituição a partir de janeiro. Segundo ele, a projeção (guidance) do BC está aberta, e a autoridade monetária não vai dar sinalização agora para reuniões.
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Como resposta, operadores reduziram levemente a aposta em alta de 1 ponto percentual pelo Copom em dezembro, ao passo que as taxas de juros mais longas sobem, com prolongamento do mau humor sobre as contas públicas.
No exterior, um rali das maiores empresas de tecnologia do mundo impulsionou as ações a novos recordes históricos. Os traders de Wall Street se preparando para uma série de dados econômicos e declarações de membros do Federal Reserve que ajudarão a moldar as perspectivas para as taxas de juros.
O S&P 500 registrou seu 54º recorde de fechamento neste ano em uma alta “estreita”. O Nasdaq 100, focado em tecnologia, subiu mais de 1%, com a Tesla liderando os ganhos entre as gigantes e a Apple alcançando um novo pico.
O destaque desta semana será o relatório de empregos de sexta-feira (6), que deve mostrar um aumento na contratação nos EUA em novembro.
Há um ano, investidores em ações e estrategistas se preparavam para um 2024 potencialmente turbulento, preocupados com o risco de um hard landing para a economia dos EUA e cortes de taxas que poderiam vir tarde demais para evitá-lo. No início do ano, poucos previam que o ganho anual do S&P 500 estaria entre os melhores da história.
-- Com informações da Bloomberg News.