Ibovespa opera em queda com investidores de olho em dados da arrecadação de setembro

Vale e Petrobras caem e investidores ficam de olho em declarações de Campos Neto nos EUA

Ibovespa cai com preocupação fiscal e maioria das ações em queda
22 de Outubro, 2024 | 10:53 AM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) operava em queda na manhã desta terça-feira (22), com os investidores de olho em dados das contas públicas do Brasil e em declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em Washington, nos Estados Unidos.

Às 10h12, no horário de Brasília, o principal índice dos mercados brasileiros recuava 0,58%, aos 129.602 pontos. O dólar, por sua vez, subia 0,20%, cotado a R$ 5,70.

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4) caíam e puxavam o Ibovespa para baixo. As ações preferenciais da Petrobras tinham queda de 1,57%, enquanto as ordinárias tinham queda de 1,83%. A Vale cedia 0,36%.

A arrecadação federal subiu 11,61% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, para R$ 203,17 bilhões. O resultado ficou acima das expectativas de economistas consultados pela Bloomberg, estimavam um montante de R$ 201,1 bilhões, na mediana.

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O valor é o maior já registrado para o mês na série histórica desde 1995, segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta terça, no momento em que o governo tem sido pressionado a reduzir despesas para atingir as metas fiscais e manter as contas públicas equilibradas.

No acumulado do ano, a arrecadação federal somou R$ 1,934 bilhão até setembro, o que representa um aumento real de 9,68% sobre o mesmo período do ano passado.

Investidores também acompanham nesta terça uma entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a uma emissora de TV em Washington, nos Estados Unidos.

Nos EUA, os futuros das ações caíam e os títulos do Tesouro operavam estáveis após a liquidação de segunda-feira, enquanto os traders especulavam sobre o caminho das taxas de juros dos EUA.

Os contratos do S&P 500 recuavam 0,4%, apontando para o primeiro declínio consecutivo em cerca de 30 sessões. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos teve pouca variação, ficando em 4,19% após subir mais de 10 pontos-base no início da semana.

A queda de segunda-feira nos títulos do Tesouro alimentou uma queda global, à medida que os investidores reduziram as expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, depois que autoridades indicaram uma preferência por um ritmo mais lento de flexibilização.

O impacto inflacionário de uma possível vitória presidencial de Donald Trump também pesado sobre os títulos, dado que suas promessas de cortes de impostos e tarifas comerciais poderiam, em última análise, implicar em preços e taxas de juros mais altos.

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- Com informações de Bloomberg News

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