Ibovespa opera de lado após IBC-Br abaixo do esperado; dólar sobe a R$ 5,46

Investidores repercutem ainda novas projeções para indicadores econômicos na pesquisa Focus, do BC; cena externa também está no radar

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) opera de lado na manhã desta segunda-feira (15), com os investidores repercutindo dados da atividade brasileira abaixo do esperado.

Por volta das 10h25 (horário de Brasília), o principal índice de ações da bolsa brasileira cedia 0,06%, aos 128.813 pontos, em uma sessão de queda para a Vale (VALE3) e de ganhos para a Petrobras (PETR3; PETR4). O dólar, por sua vez, subia 0,50%, a R$ 5,46.

Em maio, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,25%, após ter ficado praticamente estável (+0,01%) em abril.

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Quando comparado a maio de 2023, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) teve alta de 1,30%. Em 12 meses, o IBC-Br avançou 1,66% e no ano, a expansão é de 2,01%.

Economistas consultados pela Bloomberg previam expansão de 0,30% na comparação mensal e de 1,10% na base anual.

Ainda na agenda do dia, o relatório Focus, do Banco Central, mostrou uma revisão nas projeções para indicadores como inflação, PIB e câmbio.

As estimativas para o IPCA em 2024 foram reduzidas, após nove aumentos consecutivos, para 4,00%, de 4,02% na semana anterior. Para 2025, voltaram a subir (pela 11ª semana), de 3,88% para 3,90%.

Com relação ao PIB, os economistas veem agora crescimento de 2,11% da economia este ano, acima dos 2,10% projetados anteriormente. Já para o câmbio, as apostas apontam agora para dólar negociado a R$ 5,22, contra R$ 5,20 na última semana.

Por fim, no que tange às expectativas para a Selic, estas foram mantidas em 10,50% em dezembro deste ano e em 9,50% ao fim de 2025.

Enquanto isso, na cena externa, os impactos políticos e nos mercados do ataque ao ex-presidente americano Donald Trump no fim de semana seguem sendo monitorados.

Destaque ainda para a safra de balanços dos EUA, com os números trimestrais de empresas como BlackRock e Goldman Sachs.