Ibovespa fecha perto da estabilidade com juros e inflação no radar; Petrobras sobe

Investidores aguardam a divulgação de dados do IPCA de agosto nesta terça, que pode influenciar a decisão do Copom; dólar recua a R$ 5,59

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou perto da estabilidade, com alta de 0,12%, aos 134.737 pontos, nesta segunda-feira (9), destoando de ganhos mais expressivos dos índices de Nova York. O dólar (USDBRL) recuava 0,18% e operava a R$ 5,59 ao final do pregão.

Os investidores seguem atentos ao cenário internacional, enquanto aguardam a divulgação dos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, nesta terça-feira, cujo resultado pode influenciar a decisão do Copom na reunião de política monetária na semana que vem.

O relatório Focus do Banco Central mostrou um aumento nas projeções para a Selic. Economistas consultados pela autoridade monetária agora projetam que a taxa básica de juros deve encerrar o ano em 11,25% ao ano em dezembro. Isso sugere um aumento de 0,75 ponto percentual em relação ao patamar atual de 10,50%. Na semana passada, a previsão mediana dos economistas era de que o BC iria manter os juros em 10,50% até o fim do ano.

Para 2025, a estimativa para a Selic subiu para 10,25%, ante 10,00% no relatório anterior.

A pesquisa do BC também mostrou aumento das projeções para a inflação deste ano pela oitava semana seguida. Os economistas veem agora alta de 4,30% do IPCA em 2024, acima dos 4,26% projetados anteriormente. Para 2025, no horizonte relevante do BC, a estimativa foi mantida no mesmo patamar da semana anterior, em 3,92%.

Entre os ativos, a Petrobras (PETR3; PETR4) subiu e foi a principal influência positiva para o Ibovespa com o avanço dos preços do petróleo no mercado internacional. As ações ordinárias avançaram 1,34% e as preferenciais, 1,09%.

O Itaú Unibanco (ITUB4) teve ganhos de 0,97%, em um dia positivo para os bancos. Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) também subiram.

Destaque ainda para a Ultrapar (UGPA3), que subiu 3,34% e liderou entre as maiores altas do dia. Analistas do Santander elevaram o papel para recomendação de compra.

Na ponta negativa, a Azul (AZUL4) manteve a volatilidade e recuou 8,33%, liderando as perdas. A companhia reforçou em comunicado ao mercado na sexta-feira (6) que está explorando opções para otimizar a estrutura de capital e outra formas de captação de recursos.

Já a CSN Mineração (CMIN3) caiu 4,37%. A ação foi rebaixada a outperform (equivalente à venda) pelo Itaú BBA.

-- Com informações da Bloomberg News