Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerou a sessão praticamente estável nesta terça-feira (15), influenciado pelo avanço dos bancos e pelas perdas de empresas ligadas a commodities.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em leve alta de 0,03%, aos 131.043 pontos, sem conseguir sustentar o desempenho positivo da véspera. O dólar (USDBRL) voltou a se valorizar e subiu 1,04%, fechando cotado a R$ 5,65.
A queda dos preços do minério de ferro e do petróleo pesou sobre as ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4). A mineradora brasileira encerrou o pregão com queda de 1,23%. Já os papéis preferenciais da Petrobras recuaram 0,82%, enquanto os ordinários caíram 1,14%. Os ativos das empresas foram as principais influências negativas para o desempenho do índice.
Outras companhias do setor de petróleo e gás, como a Prio (PRIO3), a Brava (BRAV3) e a PetroReconcavo (RECV3) também tiveram perdas.
Já os bancos tiveram uma sessão positiva e ajudaram a evitar a queda do Ibovespa. Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,15% e o Bradesco (BBDC4) avançou 0,87%, ficando entre as principais contribuições positivas. Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) também tiveram ganhos, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) caiu.
Investidores seguem monitorando os planos do governo para apresentar medidas de contenção de gastos para melhorar o equilíbrio das contas públicas. Após reunião com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que “chegou a hora de levar a sério” a revisão de gastos no Brasil e que “não é possível mais resolver o problema fiscal do Brasil apenas pela ótica da receita”.
Ela ressaltou que a equipe econômica prepara propostas de cortes de despesas, com um conjunto de medidas que deve ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Congresso depois do segundo turno das eleições.
Estados Unidos
Em Nova York, os índices de ações tiveram queda depois que a empresa de tecnologia mais valiosa da Europa apresentou um guidance (projeção) que ficou abaixo das expectativas de analistas, no momento em que os investidores demonstram preocupação com possíveis restrições mais rígidas dos EUA à venda de chips;
Os índices caíram depois de atingirem máximas históricas na véspera, com o S&P 500 cedendo quase 1%. O Nasdaq 100 recuou 1,4%. Um indicador amplamente monitorado de empresas de semicondutores registrou sua pior queda desde o início de setembro.
As ações da ASML negociadas nos EUA despencaram 16% após o gigante holandês cortar suas previsões para 2025. A Nvidia caiu 4,5% após notícias de que autoridades dos EUA discutiram limitar as vendas de chips avançados de IA da empresa e de outras companhias americanas para alguns países.
-- Com informações de Bloomberg News.