Ibovespa fecha em queda na contramão de NY com recuo de Vale, Petrobras e bancos

Nos EUA, os três principais índices de ações subiram, repercutindo a fala de um dos membros do Federal Reserve, à véspera da divulgação de inflação de dezembro

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10 de Janeiro, 2024 | 06:52 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou em queda de 0,46% nesta quarta-feira (10), aos 130.841 pontos, influenciado pela desvalorização de Vale, (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e Bradesco (BBDC4), empresas que já tinham caído e feito o índice ter perdas na véspera.

Nos Estados Unidos, por outro lado, os principais índices de ações subiram, com os investidores à espera da divulgação do Índice Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro na quinta-feira (11). O dólar fechou em queda de 0,27%, a R$ 4,89.

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O recuo de 1,50% das ações da Vale foi consequência da retração do preço do minério de ferro no mercado internacional. Ao mesmo tempo, o petróleo em baixa fez cair as ações preferenciais da Petrobras, que tiveram perdas de 0,92%. Ambas as commodities têm se desvalorizado nas últimas semanas com as perspectivas de desaceleração global.

No caso do Bradesco, as ações caíram 1,72% repercutindo pelo segundo dia o rebaixamento feito pelos analistas do Goldman Sachs na terça-feira. O Banco do Brasil e o Itaú também tiveram um dia negativo, perdendo 0,17% e 0,09% respectivamente.

Outros papéis ligados a commodities e ao setor industrial também se desvalorizaram, como Gerdau, CSN e CSN Mineração, PRIO, Usiminas, Cosan, Raízen.

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Já no sentido positivo, os destaques do Ibovespa foram Embraer, Eletrobras, Natura e Sabesp.

Estados Unidos

O mercado americano teve um dia positivo à espera dos dados da inflação de dezembro e do resultado fechado de 2023 no país, que serão divulgados na quinta e tendem a influenciar a política monetária do Federal Reserve. O Dow Jones subiu 0,45%, o S&P 500 avançou 0,57% e o Nasdaq 100 teve ganhos de 0,75%.

O movimento foi afetado principalmente pela fala do presidente do Fed de Nova Iorque, John Williams, de que a política monetária está agora suficientemente restritiva para levar a inflação de volta à meta. Williams sugeriu, no entanto, que os diretores do BC americano precisam de mais provas de arrefecimento da inflação antes de cortarem as taxas de juro.

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“Estamos vendo um caminho plausível para que a inflação continue a diminuir gradualmente, o fim dos aumentos das taxas do Fed e uma reaceleração do crescimento econômico na segunda metade de 2024″, disse Arthur Hogan,da B. Riley Wealth.

-- Com informações da Bloomberg News.

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Victor Sena

Editor assistente na Bloomberg Línea. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especializado em cobertura de economia.