Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou em queda de 0,46% nesta quarta-feira (10), aos 130.841 pontos, influenciado pela desvalorização de Vale, (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e Bradesco (BBDC4), empresas que já tinham caído e feito o índice ter perdas na véspera.
Nos Estados Unidos, por outro lado, os principais índices de ações subiram, com os investidores à espera da divulgação do Índice Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro na quinta-feira (11). O dólar fechou em queda de 0,27%, a R$ 4,89.
O recuo de 1,50% das ações da Vale foi consequência da retração do preço do minério de ferro no mercado internacional. Ao mesmo tempo, o petróleo em baixa fez cair as ações preferenciais da Petrobras, que tiveram perdas de 0,92%. Ambas as commodities têm se desvalorizado nas últimas semanas com as perspectivas de desaceleração global.
No caso do Bradesco, as ações caíram 1,72% repercutindo pelo segundo dia o rebaixamento feito pelos analistas do Goldman Sachs na terça-feira. O Banco do Brasil e o Itaú também tiveram um dia negativo, perdendo 0,17% e 0,09% respectivamente.
Outros papéis ligados a commodities e ao setor industrial também se desvalorizaram, como Gerdau, CSN e CSN Mineração, PRIO, Usiminas, Cosan, Raízen.
Já no sentido positivo, os destaques do Ibovespa foram Embraer, Eletrobras, Natura e Sabesp.
Estados Unidos
O mercado americano teve um dia positivo à espera dos dados da inflação de dezembro e do resultado fechado de 2023 no país, que serão divulgados na quinta e tendem a influenciar a política monetária do Federal Reserve. O Dow Jones subiu 0,45%, o S&P 500 avançou 0,57% e o Nasdaq 100 teve ganhos de 0,75%.
O movimento foi afetado principalmente pela fala do presidente do Fed de Nova Iorque, John Williams, de que a política monetária está agora suficientemente restritiva para levar a inflação de volta à meta. Williams sugeriu, no entanto, que os diretores do BC americano precisam de mais provas de arrefecimento da inflação antes de cortarem as taxas de juro.
“Estamos vendo um caminho plausível para que a inflação continue a diminuir gradualmente, o fim dos aumentos das taxas do Fed e uma reaceleração do crescimento econômico na segunda metade de 2024″, disse Arthur Hogan,da B. Riley Wealth.
-- Com informações da Bloomberg News.
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