Ibovespa fecha em queda com sentimento de cautela no exterior; dólar sobe

Bolsas globais tiveram queda na volta de feriado nos EUA, enquanto investidores se preparam para a divulgação de dados do mercado de trabalho

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03 de Setembro, 2024 | 05:48 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas e fechou em queda de 0,41%, aos 134.353 pontos, nesta terça-feira (3), refletindo o sentimento de cautela nos mercados internacionais na volta de feriado nos EUA.

Em Nova York, os principais índices cederam e o S&P 500 teve o pior desempenho desde 5 de agosto, com os investidores se preparando para a divulgação de dados da folha de pagamento de agosto, na sexta-feira.

As preocupações se refletiram também no câmbio. O dólar (USDBRL) subia 0,46% e operava a R$ 5,64, ao final do pregão, depois de atingir R$ 5,65, na máxima do dia.

O desempenho negativo do Ibovespa foi influenciado principalmente pelas perdas da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4).

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As ações da mineradora caíram 3,73%, a R$ 56,55, com o recuo do preço do minério de ferro. Os futuros em Singapura afundaram até 3,6% nesta terça-feira, para US$ 93,30 a tonelada, na esteira de uma queda de 4,2% na segunda.

Dados fracos da indústria e do setor imobiliário na China reforçaram o pessimismo com a recuperação da demanda.

Já os papéis preferenciais da Petrobras recuaram 1,21%, a R$ 38,53. A cotação do petróleo Brent apagou os ganhos de 2024 à medida que as preocupações com a demanda nos EUA e na China ofuscaram os riscos geopolíticos elevados.

O preço caiu abaixo de US$ 75 por barril e atingiu o menor preço intradiário desde dezembro de 2023.

A Prio (PRIO3) e a Rumo (RAIL3) caíram 5,16% e 0,23%, respectivamente, ficando entre as principais contribuições negativas em volume.

O Itaú Unibanco (ITUB4), por outro lado, subiu 1,62% e impediu uma queda mais acentuada do índice. Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) também avançaram.

A Azul (AZUL4) liderou as altas, com ganho de 10,2%. Os papéis da companhia aérea têm tido forte oscilação em meio às preocupações com a situação financeira da empresa.

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Na agenda do dia, o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses de 2024. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve expansão de 3,3% da economia.

Estimativa mediana de economistas ouvidos pela Bloomberg apontava para um crescimento de 2,7% na comparação anual. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, a expansão prevista era de 0,9%, após estagnação no período anterior.

-- Com informações da Bloomberg News