Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) cedeu e encerrou perto das mínimas nesta sexta-feira (25), puxado principalmente pelo recuo dos bancos, que foram pressionados pelo aumento dos juros futuros e pela preocupação com resultados financeiros no setor bancário nos EUA.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,13%, aos 129.893 pontos, depois de oscilar e subir até 130.529 pontos. Com o resultado, as ações acumularam perda de 0,46% na semana. O dólar (USDBRL) subiu 0,75%, a R$ 5,71.
O Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 1,12% e o Bradesco (BBDC4) recuou 1,45%. Os dois foram a principal influência negativa em volume. Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) também tiveram quedas, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) ficou estável. Na semana que vem, Bradesco e Santander apresentam seus balanços do terceiro trimestre.
As perdas no setor financeiro foram compensadas parcialmente pelo avanço da Vale (VALE3), que subiu 3,40%, depois da divulgação dos resultados trimestrais e do anúncio da companhia de que a mineradora, a Samarco e a BHP fecharam um acordo definitivo com as autoridades sobre a indenização e a reparação dos danos causados pelo desastre de Mariana, em Minas Gerais.
O resultados do terceiro trimestre, divulgado na noite de quinta-feira (24), superaram as estimativas do mercado - ainda que o lucro tenha caído 15% na base anual.
Destaque também para a Suzano (SUZB3), que avançou 2,79% e ficou entre as maiores contribuições positivas, também em reflexo à divulgação do balanço.
A Petrobras (PETR3; PETR4) fechou em alta, com as ações preferenciais subindo 0,70% e as ordinárias, 1,00%.
Estados Unidos
Em Nova York, o rali no mercado de ações perdeu força à medida que os papéis dos bancos pressionaram o mercado, apesar dos ganhos das ações de tecnologia.
Os bancos foram afetados depois que o New York Community Bancorp apresentou um guidance (projeção) mais fraco do que o esperado, o que fez a ação da instituição financeira cair 8,3%. A preocupação se refletiu nos demais bancos. O Goldman Sachs caiu 2,3% e o JPMorgan cedeu 1,2%.
Com o avanço da temporada de balanços, os traders também se preparam para as eleições presidenciais nos EUA e dados econômicos importantes — incluindo o relatório de empregos da próxima semana — para obter pistas sobre possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve.
Dados de sexta-feira mostraram que o sentimento entre os consumidores dos EUA aumentou em outubro para o maior nível em seis meses, à medida que as famílias se mostraram mais otimistas sobre as condições de compra. Eles esperam que os preços subam a uma taxa anual de 2,7% no próximo ano, inalterada em relação ao mês anterior. E veem os custos subindo 3% em média nos próximos cinco a dez anos, abaixo dos 3,1% do mês anterior.
-- Com informações de Bloomberg News.