Ibovespa fecha em queda com recuo da Vale e da Petrobras; Prio sobe

Investidores reagiram à notícia da Bloomberg News de que a Cosan considera vender fatia na mineradora brasileira; dólar fica estável

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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) recuou nesta sexta-feira (27) depois de oscilar durante o dia, em uma sessão marcada pela divulgação de novos dados de inflação nos Estados Unidos que indicaram uma desaceleração dos preços em agosto.

O índice da bolsa brasileira encerrou em queda de 0,21%, aos 132.730 pontos. Com o resultado, o benchmark acumulou alta de 1,36% na semana, o maior avanço semanal desde meados de agosto.

O dólar (USDBRL) ficou estável, com queda de 0,11%, cotado a R$ 5,43.

O desempenho do Ibovespa foi influenciado pelas ações da Vale (VALE3), que recuaram 0,45%, a R$ 63,96, apesar da valorização do minério de ferro.

Investidores reagiram à notícia da Bloomberg News de que a Cosan (CSAN3), do bilionário Rubens Ometto, considera vender ativos, incluindo sua participação avaliada em US$ 2,2 bilhões na Vale, em uma tentativa de desmontar uma aposta frustrada na mineradora para reduzir a dívida alta, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A Cosan disse que “observa continuamente as melhores oportunidades de desalavancagem e segue comprometida com a otimização na alocação de capital, principalmente em um cenário de altas taxas de juros e ambiente macroeconômico desafiador”.

A Petrobras (PETR3; PETR4) também fechou em queda, com as ações preferenciais recuando 0,39%. A Prio (PRIO3), por outro lado, subiu 2,20% e evitou uma queda maior do Ibovespa.

A petroleira informou ter assinado contrato com a Sinochem para a compra da fatia de 40% da empresa chinesa no campo de Peregrino. O valor da transação é de US$ 1,915 bilhão.

A sessão foi positiva para parte dos bancos. O Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,38% e o BTG Pactual (BPAC11) teve ganhos de 2,80%, ficando entre as maiores influências positivas em volume. O Bradesco (BBDC4) também subiu, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) e Santander Brasil (SANB11) recuaram.

Mais cedo, Mais cedo, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,62% em setembro, com aceleração em relação ao mês anterior, quando havia registrado alta de 0,29%.

A elevação acumulada no ano chegou a 2,64%; e a 4,53% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2023, o IGP-M havia apresentado aumento de 0,37%, com queda de 5,97% em 12 meses.

Mais cedo, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,62% em setembro, com aceleração em relação ao mês anterior, quando havia registrado alta de 0,29%.de 2024 (7,1%); e caiu 1,2 ponto ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,8%). Foi o menor número registrado em um trimestre encerrado em agosto na série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012.

Estados Unidos

Em Nova York, os índices de açõessubiram pela terceira semana consecutiva — apesar de ficarem estagnadas na sexta-feira —, à medida que os investidores foram repetidamente tranquilizados de que a economia está desacelerando sem entrar em colapso.

Os títulos do Tesouro americano tiveram alta, já que os dados solidificaram as apostas em mais cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve. Os rendimentos caíram em toda a curva, com a taxa de 10 anos pairando em torno de 3,75%. O dólar caiu pela quarta semana seguida.

O índice preferido de inflação subjacente do Fed nos EUA subiu ligeiramente em agosto, assim como o consumo ajustado pela inflação. Esses números confirmaram o que os traders já sabiam sobre a saúde da economia, após analisar uma série de dados no início desta semana. Uma leitura do sentimento do consumidor americano na sexta-feira refletiu o otimismo.

Os comentários de autoridades do Fed nesta semana pouco influenciaram as percepções existentes sobre a trajetória do banco central.

Nesta sexta-feira, o presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, disse que é a favor de reduzir as taxas de forma “gradual” após um grande corte na semana passada.

Já a governadora do Fed, Michelle Bowman, reiterou sua visão de que a economia dos EUA ainda está forte. Na quinta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, não deu detalhes sobre as perspectivas econômicas ou o caminho da política monetária durante um discurso pré-gravado.

Mesmo após uma enxurrada de dados nesta semana, os mercados ainda precificam uma chance dividida entre um corte de 0,25 ponto e 0,50 ponto na próxima reunião do Fed. Os economistas agora veem a inflação atingindo a meta de 2% do banco central dos EUA no próximo ano.

Um fator-chave para os mercados na próxima semana será os dados de emprego, que fornecerão mais pistas sobre o estado do mercado de trabalho.

-- Com informações de Bloomberg News.