Ibovespa fecha em queda com recuo da Vale e da Petrobras na véspera de decisões de BCs

Queda dos preços do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional pesaram negativamente sobre as ações; dólar ficou estável a R$ 5,62

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30 de Julho, 2024 | 05:54 PM
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Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas nesta terça-feira (30) e fechou em queda de 0,64%, aos 126.139 pontos, em uma sessão negativa para as ações de empresas ligadas a commodities. Em Nova York, o pregão foi de baixa para o S&P500 e o Nasdaq, com o recuo dos papéis de tecnologia.

Investidores se preparam para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve sobre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos na quarta-feira, que podem trazer sinais sobre os próximos passos dos bancos centrais.

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O dólar (USDBRL) operava estável e era negociado a R$ 5,62, com alta de 0,01%, ao final do pregão do Ibovespa.

Entre os ativos, os papéis da Vale (VALE3) caíram 2,06%, a R$ 60,31, refletindo o recuo dos preços do minério de ferro. A cotação voltou a cair abaixo de US$ 100 a tonelada em meio a preocupações com a desaceleração da indústria na China. Estoques de aço mais altos nas principais usinas chinesas e potenciais cortes de produção também pesam sobre a perspectiva para o minério de ferro.

As incertezas sobre a demanda chinesa também afetaram o preço do petróleo, o que prejudicou as ações das petroleiras no Brasil. O papel preferencial da Petrobras (PETR3; PETR4) recuou 0,62%, a R$ 36,65, e ficou entre as principais influências negativas em volume. A Prio (PRIO3) fechou em baixa, enquanto 3R (RRRP3) e Enauta (ENAT3) subiram.

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O petróleo atingiu a cotação mais baixa em mais de sete semanas. O barril de Brent chegou a recuar 1,4% nesta terça-feira feira em Londres, para US$ 78,67, e acumula uma queda de quase 9% em julho. O barril de WTI caiu abaixo de US$ 75 em Nova York.

Grandes bancos como o Citigroup têm rebaixado suas previsões de crescimento para a China, e uma queda no preço de exportação do petróleo americano para a Ásia também sinaliza demanda fraca. A tendência deve persistir no segundo semestre à medida que a China aumenta a adoção de carros elétricos, segundo analistas.

A Petrobras informou na véspera, após o fechamento do pregão, o relatório de produção do segundo trimestre. Segundo a estatal, a produção de petróleo e gás totalizou 2,7 milhões de barris de petróleo equivalente por dia no período, o que representa uma queda de 2,8% em relação ao primeiro trimestre. Na comparação anual, houve aumento de 2,4%. As vendas de produtos derivados de petróleo 1,7 milhões de barris por dia, um aumento de 3,2% sobre o primeiro trimestre.

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Com os resultados apresentados, analistas do Itaú Unibanco esperam que a empresa informe um Ebitda de US$ 9,4 bilhões para o segundo trimestre na divulgação do balanço agendada para o próximo dia 8 de agosto, o que representaria uma queda de 24% sobre o trimestre anterior. “Estimamos um pagamento de dividendo ordinário de US$ 2,1 bilhões para o trimestre, implicando um dividend yield de 2,3%”, afirmaram os analistas em relatório.

Entre as baixas do dia, destaque também para São Martinho (SMTO3), Lojas Renner (LREN3), Cogna (COGN3), Natura&Co (NTCO3) e Eztec (EZTC3), que ficaram entre as maiores perdas.

Na outra ponta, a Embraer (EMBR3) e a Suzano (SUZB3) subiram e foram as principais influências positivas. A Usiminas (USIM5) recuperou parte das perdas e liderou as altas, junto de Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3) e Azul (AZUL4).

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Estados Unidos

Em Nova York, uma onda vendedora das ações de algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo fez os índices caírem antes das decisões de bancos centrais nesta semana.

Embora se espere que o Fed mantenha as taxas de referência no nível mais alto em mais de duas décadas, os investidores estarão atentos a quaisquer sinais de que o início da flexibilização da política monetária esteja próximo.

-- Com informações da Bloomberg News