Ibovespa fecha em alta sob efeito de ganhos da Petrobras; dólar recua 1%

A dois dias de decisões do Copom e do Fed, índice de ações de referência da bolsa brasileira avançou 0,18% e encerrou aos 135.118 pontos; em Nova York, S&P 500 subiu 0,13%

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Bloomberg Línea — O Ibovespa encerrou a segunda-feira (16) com leve alta de 0,18%, negociado no fechamento aos 135.118,22 pontos, em dia de fechamentos mistos nos principais índices em Nova York.

Investidores aguardam na quarta-feira (18) as decisões de política monetária nos Estados Unidos, com o Fed, e consenso sobre o início do ciclo de corte de juros; e no Brasil, com o Copom, em que as apostam não consensuais indicam uma probabilidade de aumento da taxa Selic.

O dólar encerrou em queda de 1,03%, negociado a R$ 5,51, em movimento de perda de valor da moeda americana em outros mercados diante das apostas de queda do juro americano.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque foi, pelo segundo pregão seguido, a ação da Azul (AZUL4), que fechou com ganhos de 10,91%, depois de alta de 22,5% na sexta (13).

No domingo (15), a empresa confirmou rumores de mercado e afirmou em fato relevante que “está em negociações com arrendadores de aeronaves para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado, cujos termos envolvem, dentre outros, uma potencial substituição de tal dívida por participação societária na Azul.”

Entre as blue chips, a contribuição positiva de destaque veio das ações tanto preferenciais (PETR4) como ordinárias (PETR3) da Petrobras, que subiram 1,39% e 0,99%, respectivamente, na esteira da valorização do barril do petróleo do tipo Brent e do WTI nos mercados globais. O WTI subiu 2,69%, para US$ 70,50.

Cenário externo

Os traders de Wall Street continuaram a impulsionar uma rotação de ações que reduz a alocação nas mega caps de tecnologia alimentaram a alta no mercado de ações até agosto.

À medida que as apostas em um corte de meio ponto pelo Fed na quarta-feira continuavam a crescer, o dinheiro continuava a fluir para os setores do mercado mais sensíveis ao ciclo econômico. Embora o S&P 500 subido apenas ligeiramente - ganho de 0,13% -, a maioria de suas ações teve alta.

“Continuamos positivos em relação às ações”, disse John Stoltzfus, da Oppenheimer Asset Management. “A ampla rotação que começou no rali desde o ponto baixo do S&P 500 no ano passado tem desviado a volatilidade repetidamente.”

À medida que se aproxima a decisão do Fed, estrategistas do Morgan Stanley, do Goldman Sachs e do JPMorgan dizem que o tamanho da redução neste momento ou na reunião imediata é menos relevante para as ações do que a saúde da economia dos EUA.

“Estamos prestes a ter um corte de taxa de algum tipo nesta semana, a menos que ocorra um ato divino”, disse Callie Cox, da Ritholtz Wealth Management.

“O impacto econômico de um corte de taxa – independentemente de ser de 25 ou 50 pontos base – provavelmente será insignificante. O caminho e o grau dos cortes ao longo do próximo ano ou depois é o que mais importa”, completou.

- Com informações da Bloomberg News.