Ibovespa fecha em alta puxado pela Vale após dados de inflação dos EUA; Yduqs sobe 8%

Investidores reagiram ao Índice de Preços ao Consumidor de agosto, que reforçou a perspectiva de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros dos EUA

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11 de Setembro, 2024 | 05:52 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de 0,27%, aos 134.677 pontos, nesta quarta-feira (11), com os investidores reagindo à divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos e sob expectativas em relação à decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem.

O dólar (USDBRL) operava perto da estabilidade ao final do pregão, com alta de 0,04%, a R$ 5,66.

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O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que desconsidera preços de itens mais voláteis como os de alimentos e energia, subiu 0,3% em agosto na comparação mensal, acima do esperado no consenso de mercado. No entanto, o índice cheio do CPI subiu 0,2%, em linha com o esperado por economistas ouvidos pela Bloomberg.

Embora a leitura do CPI em agosto não impeça o Federal Reserve (Fed) de reduzir as taxas de juros na próxima semana, ela diminui a chance de uma redução mais acentuada - de 50 pontos base.

Os formuladores de política monetária deixaram claro que estão altamente focados na fraqueza do mercado de trabalho, que provavelmente será o fator central nas discussões e decisões políticas nos próximos meses. Eles também terão mais dados para considerar até as reuniões de novembro e dezembro.

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No Brasil, o volume de serviços prestados cresceu 1,2% em julho quando comparado a junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Vemos um crescimento no mês mais associado à oferta de serviços, com a demanda por parte das famílias enfraquecendo no mês, já sendo o terceiro mês consecutivo de desaceleração nos serviços prestados às famílias, em clara tendência de queda”, disse André Valério, economista sênior do Inter, em comentário a clientes.

Entre os ativos, as ações da Vale (VALE3) foram a principal influência positiva em volume. Os papéis subiram 2,84%, a R$ 57,59, com a recuperação do preço do minério de ferro depois de uma sequência de baixas. Os futuros em Singapura avançaram 2,46%, a US$ 92,85 a tonelada, depois atingirem o patamar de US$ 90 na véspera - o menor patamar desde 2022.

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Separadamente, a mineradora informou nesta quarta que produzirá mais minério de ferro este ano do que o previsto anteriormente, mesmo com os preços sendo negociados perto das mínimas de dois anos, já que a desaceleração do aço na China pesa sobre o mercado global.

A empresa disse em uma apresentação aos investidores nesta quarta-feira (11) que espera produzir de 323 milhões a 330 milhões de toneladas de minério este ano, em comparação com uma previsão anterior de 310 milhões a 320 milhões de toneladas.

O Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,19%, a R$ 37,38, também ficando entre as principais contribuições positivas. A sessão foi mista para os principais bancos. O Banco do Brasil (BBAS3) subiu, enquanto Bradesco (BBDC4), Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) recuaram.

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Outra contribuição positiva foi a Prio (PRIO3), que avançou 0,78%. Já a Petrobras (PETR3; PETR4) fechou com desempenho misto. A ação preferencial recuou 0,11%, e a ordinária subiu 0,44%.

A Brava Energia (BRAV3), empresa formada depois da incorporação da Enauta pela 3R, subiu 5,03% e foi um dos destaques positivos do dia. A empresa informou nesta quarta que obteve licença do Ibama para a operação do navio-plataforma FPSO Atlanta. A empresa diz que agora segue empenhada para atender os requisitos para obter a autorização da ANP para iniciar a produção.

Destaque ainda para a Yduqs (YDUQ3) subiu 8,03%, liderando entre as maiores altas, depois de a gestora SPX elevar a participação na companhia a 5,19% do capital social. A concorrente Cogna (COGN3) avançou 6,72% e também ficou entre os maiores ganhos.

Entre as varejistas, o Carrefour Brasil (CRFB3) subiu 6,19% e o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) avançou 4,75%;

-- Com informações da Bloomberg News