Ibovespa fecha em alta na contramão de NY com avanço de bancos e exportadoras

Papéis da Petrobras, dos bancos e de siderúrgicas avançaram enquanto a Vale caiu; em NY, perdas de papéis de tecnologia derrubam o S&P500 e o Nasdaq

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17 de Julho, 2024 | 06:11 PM

Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de 0,26%, aos 129.450 pontos, nesta quarta-feira (17), impulsionado pelo avanço das ações de bancos e de empresas exportadoras, refletindo a alta do dólar (USDBRL). A moeda americana subia 0,99% e era cotada a R$ 5,48 ao final do pregão.

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) ficaram entre as principais contribuições positivas com o avanço do preço do petróleo. Os ganhos também foram sustentados pelas ações do Itaú Unibanco (ITUB4), bem como por Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11).

Sabesp (SBSP3) e B3 (B3SA3) também avançaram, ficando entre as ações com maior volume de negociações.

A Usiminas (USIM5) avançou 5,03% e foi a maior alta do dia, seguida por Cemig (CMIG4), Ultrapar (UGPA3), Raízen (RAIZ4) e Vibra (VBBR3).

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O avanço do Ibovespa foi limitado pela queda da Vale (VALE3), influenciada pelo recuo dos preços do minério de ferro diante da perspectiva de uma oferta global robusta por parte das maiores empresas do segmento e uma demanda mais fraca da China.

A mineradora brasileira extraiu 80,6 milhões de toneladas de minério de ferro no segundo trimestre, ante estimativa média de 78,9 milhões de toneladas dos analistas consultados pela Bloomberg.

A CVC (CVCB3) liderou entre as maiores baixa, com queda de 5,76%, seguida de Assaí (ASAI3), Azul (AZUL4), Hapvida (HAPV3) e Cogna (COGN3).

Estados Unidos

Em Nova York, o S&P 500 e o Nasdaq cederam, enquanto o Dow Jones subiu, em uma sessão influenciada pelo recuo das ações de tecnologia. Os papéis das empresas foram prejudicados por preocupações de que o governo dos Estados Unidos possa adotar restrições mais rigorosas sobre as vendas de chips para a China. O Nasdaq 100 teve a maior perda diária desde 2022.

A queda das ações das fabricantes de chips Nvidia, Advanced Micro Devices e Broadcom fizeram um índice de semicondutores cair quase 7% — a maior desde 2020. No mercado europeu, os papéis da gigante holandesa ASML caíram mais de 10%, mesmo depois de a empresa informar pedidos fortes.

O governo Biden informou países aliados que considera adotar restrições severas se empresas como Tokyo Electron e ASML continuarem dando à China acesso a tecnologia avançada de semicondutores. Os EUA também ponderam mais sanções a empresas chinesas específicas de chips ligadas à Huawei.

Na agenda econômica, o Livro Bege do Federal Reserve mostrou um crescimento econômico mais fraco e uma inflação em desaceleração. Enquanto isso, o diretor do Fed, Christopher Waller, disse que a autoridade monetária está ficando “mais perto” de cortar as taxas, mas ainda não chegou lá.

-- Com informações da Bloomberg News. Atualizada para corrigir os números do relatório de produção da Vale.