Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) fechou o pregão desta sexta-feira (12) em alta de 0,26%, aos 130.987,67 pontos. Na semana, no entanto, o índice caiu 0,78%, ampliando a queda observada desde o início do ano. Em 2024, o índice acumula perda de 2,38%. O dólar encerrou o dia em queda de 0,37%, a R$ 4,86.
Nesta sexta, a maioria das ações do Ibovespa teve alta, com destaque para Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que subiu 11,17%, Carrefour (CRFB3), que se valorizou 4,97%, e Magalu (MGLU3), que teve alta de 3,67%. No caso do Pão de Açúcar, pesou a expectativa entre investidores de que a companhia faça com um aumento de capital.
Entre as blue chips, os ganhos das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e do Banco do Brasil também ajudaram o índice.
Outras ações do setor de petróleo também se valorizam no pregão, acompanhando a alta do barril no mercado internacional. Investidores reagem ao aumento de tensões no Oriente Médio entre forças dos Estados Unidos e grupos armados do Iêmen, que ameaçam a rota de comércio do Mar Vermelho.
No sentido negativo, a queda da Vale (VALE3) e do Bradesco (BBDC4) no dia impediu uma alta maior do Ibovespa. As ações da mineradora caíram 1,06% depois que novos dados de inflação da China indicaram que a economia do país, grande importador de minério de ferro, está desacelerando. Já o Bradesco acumula quedas desde a última terça (9), quando o Goldman Sachs rebaixou a recomendação das ações.
Mercado americano
Nos Estados Unidos, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos caíram para o nível mais baixo desde maio passado, à medida que uma queda no índice de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) reforçou as apostas em cortes nas taxas do Federal Reserve neste ano.
Os traders preveem uma probabilidade de 80% de redução dos juros em março – versus pouco acima de 50% há uma semana. Nesta sexta, o índice Dow Jones caiu 0,31%, enquanto o S&P 500 subiu 0,08% e o Nasdaq Composite se valorizou 0,02%.
Investidores também analisaram os números de grandes bancos de Wall Street no início da temporada de resultados do quarto trimestre nos EUA.
“Suspeitamos que há pouco para dissuadir o mercado de pressionar por um corte na decisão do Fed de março”, disse Ben Jeffery, da BMO Capital Markets. “Não esqueçamos as escaladas geopolíticas no Mar Vermelho e o risco implícito das manchetes – relevante tanto do ponto de vista de flight to quality como da inflação do lado da oferta.”
-- Com informações da Bloomberg News.
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